Milhares de estudantes retomaram esta segunda-feira as aulas em Al-Haouz, no sul de Marrocos, após o sismo que provocou danos num terço das 774 instituições de ensino da região e deixou 30.000 crianças sem salas de aula.
O terramoto [entre 6,8 e 7 na escala de Richter], que ocorreu na noite de 8 para 9 de setembro em Al-Haouz, a sul de Marraquexe, fez 2.946 mortos e 5.674 feridos, segundo números oficiais.
O diretor provincial do Ministério da Educação marroquino, Mohamed Zerrouki, explicou à agência de notícias EFE que estas 30 mil crianças, que fazem parte dos 151.326 alunos que frequentam até o ensino secundário na província, retomaram esta segunda-feira as aulas.
Zerrouki explicou que muitos dos alunos estão a frequentar as aulas em salas não danificadas nas suas próprias escolas e outros foram transferidos para outras instituições de ensino da mesma província.
Cerca de 6.000 estudantes foram enviados, de forma provisória, para a cidade de Marraquexe, onde retomaram os estudos. O responsável provincial afirmou que as autoridades garantiram a estes estudantes alimentação, transporte e alojamento em Marraquexe, entre outros tipos de auxílios.
Uma outra medida alternativa foi a instalação de 200 tendas de campanha equipadas com todos os materiais necessários para as operações educativas nas aldeias atingidas, que serão substituídas por salas de aula pré-fabricadas, enquanto se aguarda a reconstrução ou remodelações das escolas.
O responsável marroquino lamentou que 33 instituições de ensino da província de Al-Haouz foram completamente destruídas durante o terramoto.
Da mesma forma, sublinhou que o seu departamento está a prestar apoio social e psicológico aos alunos para que se possam reintegrar com calma e tranquilidade no processo pedagógico.