A variante sul-africana do SARS-CoV-2 foi detetada em Portugal. Por enquanto ainda só foi registado um caso — diagnosticado a 7 de janeiro —, mas o próximo passo é rastrear os contactos desse cidadão sul-africano, residente em Lisboa, que regressou à capital pouco depois do Natal. Portugal regista, assim, a presença de duas das três variantes que mais atenção e preocupação estão a despertar no momento — a da África do Sul, a do Reino Unido e a do Brasil (esta última é a que ainda não foi detetada por cá).
A variante do Reino Unido pode vir a representar 60% dos casos positivos no início de fevereiro, revelou esta quarta-feira um relatório do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (Insa) com o laboratório Unilabs. E foi motivo suficiente para o primeiro-ministro, António Costa, decidir encerrar as escolas durante 15 dias. Mas a variante da África do Sul será “potencialmente mais perigosa”, disse João Paulo Gomes, investigador do Insa, esta sexta-feira, à RTP1.
No Reino Unido, por sua vez, o primeiro-ministro Boris Johnson anunciou — com base em dados ainda pouco sólidos — que a variante britânica pode estar a aumentar a mortalidade no país. João Paulo Gomes, no entanto, disse que não existiam dados em Portugal que permitissem confirmar que era esse o caso, mas mostrou-se preocupado com o aumento da frequência da variante: no início da semana, à data que reportavam os dados do relatório, representava 13% dos casos positivos, esta sexta-feira eram já 21%.
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