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A nova norma europeia de emissões Euro 7 alimenta há muito discussões, por se prever que as restrições podem ser de tal ordem que os construtores de automóveis se verão obrigados a desembolsar quantias astronómicas, para garantir que os motores que queimam combustíveis fósseis respeitam as novas regras mais apertadas. O tema surge frequentemente, seja porque se antecipa o fim de modelos dos segmentos mais acessíveis (o Ford Fiesta, por exemplo, parece que está condenado a desaparecer), seja porque se alega que até os segmentos médios não têm como escapar a um incremento de preços na ordem dos milhares de euros. Ora, parece que a guerra veio apaziguar os ânimos – embora a falta de energia ameace reduzir em 38% a produção de veículos. |
A invasão da Ucrânia e a crise despoletada pelos russos, numa Europa em que a indústria automóvel tem um significativo impacto económico, não tiveram como não deixar de ser tema no meio das negociações para definir os imperativos do Euro 7. Ao que parece, as instâncias decisoras do Velho Continente, que têm vindo a resistir a pressões de todos os lados – ambientalistas, por um; construtores de automóveis, por outro – acabaram por condescender nalgumas exigências. Até que ponto? Isso só saberemos ao certo a 9 de Novembro, altura em que está prevista a divulgação do texto final. Contudo, uma fuga permite antecipar que neste campo de batalha, os fabricantes de automóveis vão ter de se contentar apenas com uma meia vitória. |
Quem está a ganhar, de forma consecutiva, é a Tesla. A marca norte-americana de veículos eléctricos já conta com 12 trimestres sucessivos de lucros e viu a EuroNCAP, o organismo que avalia a segurança dos novos modelos comercializados em solo europeu, afastar a hipótese de a Tesla recorrer a algum tipo de habilidade (ou batota) para garantir a classificação máxima nos seus testes. É um facto que quer o Model 3 quer o Model Y impressionam (entidades independentes) pela eficácia dos seus sistemas de assistência à condução, mas a realidade é que a condução 100% autónoma, que Elon Musk promete desde 2016, ainda não está próxima de chegar à estrada. Este ano, assume o empresário, é altamente improvável. |
Certo é que os clientes da marca foram agraciados com um “desconto” na casa dos 5000€. Não todos, pelo menos por enquanto, e nem todos ficaram satisfeitos, sobretudo os que não conseguiram pagar menos para comprar um Model 3 ou um Model Y, por uma mera questão de dias ou horas. A boa notícia prende-se com a capacidade de baixar os preços, pois nenhum fabricante está na disposição de o fazer para ser simpático, perdendo dinheiro com isso. |
Daí que a Tesla comece a ser vista com outros olhos pelos seus pares, que antes apostavam na falência da marca e, agora, temem estar a fazer apostas erradas. O último exemplo dessa inversão surgiu de onde menos se esperava: a Toyota. O anunciado plano de electrificação dos japoneses estará a ser reavaliado à lupa, aparentemente tendo a Tesla como referência. Em causa pode estar uma falha nas projecções da Toyota, sendo que o desvio no cálculo pode obrigar a marca ter de correr atrás do prejuízo. |
Provando que nem todas as inovações colhem aplausos, a Volkswagen – que integra o ranking dos fabricantes que mais eléctricos vendem globalmente – deu a mão à palmatória. O gigante alemão decidiu introduzir volantes com botões capacitivos, mas os clientes gostam é de botões à moda antiga. E porque “o cliente tem sempre razão”, aguardamos com expectativa para ver as reacções dos fãs da Volvo ao novo EX90, o topo de gama eléctrico dos suecos que parece ter sido relegado para segundo plano, para o Polestar 3 brilhar. Como estes modelos partilham praticamente tudo, o problema é que um pode parecer a cópia do outro… |
Até para a semana. |
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A semana em marcha-atrás
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Ambiente
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Os construtores conseguiram uma meia vitória com a norma europeia de emissões Euro 7, prevista para 2025. As exigências foram suavizadas no acessório, mas não no fundamental.
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Ford
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A Ford estará a preparar-se para banir o Fiesta do seu portfólio, tal como o Focus vai desaparecer. Com uma longa história na marca, o utilitário não tem resistido à pressão dos SUV e será descartado.
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Aston Martin
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A Aston Martin está a ultimar o desenvolvimento do seu “outro” espectacular desportivo. Depois do Valkyrie híbrido com 1176 cv, o construtor apronta o Valhalla com 950 cv para 2024.
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Opel
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Depois do Astra, chegou a vez do Grandland apresentar a sua versão mais desportiva e híbrida plug-in. O C-SUV da Opel que exibe a sigla GSe anuncia 300 cv, tracção 4x4 e 0-100 km/h em 6,1 segundos.
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Peugeot
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Já é possível encomendar o novo Peugeot 408, que pisca o olho a quem ambiciona uma berlina familiar, mas também a quem deseja um crossover com 4,7 metros de comprimento. Com um preço competitivo.
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Em modo eléctrico
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Vendas
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O terceiro trimestre do ano revelou qual o construtor que mais veículos eléctricos vende à escala global. A batalha está entre um fabricante norte-americano, um chinês e o maior grupo europeu.
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Toyota
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A Toyota reforça a oferta eléctrica. Depois do SUV bZ4X, revela agora a berlina bZ3, produzida na China e, de momento, apenas para o mercado local, destinada a bater-se com modelos como o Model 3.
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Polestar
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A Polestar é um dos construtores de veículos eléctricos de que mais se fala. Depois do 2, está a lançar o 3 e prepara os seguintes. Mas, em 2022, as vendas ainda não devem atingir as 50.000 unidades.
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Muito à frente
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Curiosidades Auto
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Se pensa que só os condutores vulgares se vêem “empurrados” para o uso de modelos híbridos, por consumirem e poluírem menos, esqueça. O tanque AbramsX também é eficaz com custos e emissões inferiores.
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Tech Auto
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A Associação Automóvel de Portugal esclarece a dúvida: não, os pneus não têm validade. Porém, têm um tempo de vida limitado, que começa a contar assim que são montados. Saiba ler o que dizem os seus.
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Segurança
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A Tesla impressionou a concorrência e a EuroNCAP, nos “crash-tests” que realizou com o Model Y. Bateu a concorrência de forma tão evidente que levantou a possibilidade de batota. Agora afastada.
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Toyota
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A Toyota passou de um construtor racional, fabricante de modelos para todos os preocupados com a economia, para uma marca que também procura emoção. Tem uma mão-cheia de "brinquedos" e o GR Corolla.
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Rolls-Royce
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A Rolls-Royce anunciou o arranque das entregas a clientes do seu primeiro modelo 100% eléctrico para o final de 2023. E, numa questão de horas, rapidamente 300 clientes encomendaram o coupé sem o ver.
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Ponha os olhos nisto
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Toyota
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Várias foram as vezes em que a Toyota questionou os eléctricos a bateria. O maior construtor do mundo chegou tarde a este “campeonato”, mas traçou planos em grande. Agora teme a factura pelo atraso.
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Volvo
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O próximo topo de gama da Volvo será 100% eléctrico e daí a denominação EX90. Os suecos mostraram agora o tablier, revelando uma solução idêntica à do Polestar 3, que partilha a mesma base.
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Volkswagen
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A VW concluiu que os seus clientes não apreciam os botões sensíveis ao toque, mais sofisticados e caros, que tem vindo a utilizar nos seus volantes. Daí que vá regressar aos antigos, mais populares.
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Curiosidades Auto
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O acrobata do volante Ken Block, especialista na arte de derrapar e derreter pneus, fez de Las Vegas o palco da Electrikhana. E, a avaliar pelo fumo, o Audi S1 Hoonitron incendiou a capital do jogo.
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Toyota
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Sébastien Ogier ganhou o Rali da Catalunha, ele que não vencia uma prova do WRC há 12 meses. Optou por celebrar como é tradicional, com uns piões, mas a organização não gostou e multou-o.
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Alerta sonoro
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