Depois do direito à maternidade através das barrigas de aluguer temos a eutanásia como expressão do direito à morte: “Despenalizar a eutanásia não chega. Morrer é um direito, uma liberdade” – declara Paula Teixeira da Cruz. Mariana Mortágua a propósito da eutanásia  fala  d’A derradeira liberdade

Por outras palavras, a biologia tornou-se o campo da ideologia. E o progressismo passou a bioprogressismo. Como não se actualizou o habitual argumentário da libertação o resultado é no mínimo grotesco: fala-se em direito à morte e em última liberdade como se a morte fosse algo que podemos conquistar ou a que podemos renunciar.

Inevitavelmente o mundo bioprogressista concebe a sua intervenção como crucial para corrigir o erro (o delírio é tal que num primeiro momento quase somos levados a crer que em Portugal ou não se morre ou se morre de forma indigna). Desenham-se cenários redentores para a maravilhosa legislação que o legislador-bioprogressista se apressa a fazer, faltando apenas dizer que desse dia em diante morreremos felizes para sempre.

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