A Alternativa 21 (Aliança e MPT) promoveu esta segunda-feira uma ação de campanha em Odivelas, no distrito de Lisboa, para mostrar uma direita conservadora “sem complexos”, cuja prioridade é reverter a lei da eutanásia.

“Nós somos uma direita com quem se pode falar, uma direita conservadora, reformista, com uma agenda ambiental, que advém da conjunção dos dois partidos que conjugam esta coligação”, disse aos jornalistas o presidente do Aliança, Jorge Nuno de Sá, que integrou a comitiva que andou de manhã por Odivelas a contactar com populares.

O atual líder do partido fundado em 2018 como cisão do PSD criticou outras “duas direitas” em campanha, uma “que berra” e que é apelativa ao voto de protesto “mas é só isso”, e outra “envergonhada” e com “dificuldade em assumir as suas convicções, como, por exemplo, a defesa da vida”.

Nós somos de direita sem complexos, sem traumas, mas uma direita que gosta de dialogar, de falar com todos, que quer construir soluções para o futuro”, apontou o também deputado na Assembleia Municipal de Lisboa.

Questionado sobre as prioridades da coligação, Jorge Nuno de Sá vincou que “a reversão da lei da eutanásia será a primeira proposta” se conseguir representação parlamentar e “ao mesmo tempo — o primeiro dia dá para trabalhar mais do que isso — a valorização das carreiras profissionais”.

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O representante da Alternativa 21 considerou que as pessoas ainda não sentem nas suas vidas o reflexo dos números macroeconómicos “simpáticos” e que os trabalhadores do Serviço Nacional de Saúde (SNS), polícias, oficiais de justiça, agricultores, ou professores “têm razão” em ir para a rua reivindicar melhores salários e condições de trabalho.

“O Estado de direito democrático não se faz de pedras, os enfermeiros, os médicos, os técnicos de diagnóstico que constituem o SNS são pessoas, os polícias […] são pessoas e é destas pessoas que temos de cuidar”, apontou Jorge Nuno de Sá.

A comitiva de campanha visitou pequenos comércios de uma das principais ruas de Odivelas, onde entregou panfletos e conversou com populares, sobre as suas preocupações. Os preços da habitação e as dificuldades sentidas pelos jovens foram alguns dos temas abordados pela população.