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Casos como o da fuga de João Rendeiro têm trazido para as páginas dos jornais o tema das extradições (e da eficácia dos mecanismos de cooperação internacional), mas os arguidos procurados no âmbito de processos mediáticos são apenas uma parte muito pequena do trabalho de autoridades como a Polícia Judiciária, que desde que o ano começou ajudou a que fossem trazidas para território nacional 89 pessoas procuradas internacionalmente, tendo também extraditado para outros Estados um total de 66 fugitivos.
Os dados mais recentes, revelados ao Observador pelo diretor da Unidade de Cooperação Internacional da Polícia Judiciária, deixam claro que, a três meses do fim do ano, o número de extradições (155) — de Portugal para outros países e de outros países para Portugal — já atingiu o total de 2020, ano em que se assistiu a uma diminuição significativa devido às limitações que a pandemia veio impor. Ainda assim, este ano ainda não se chegou ao número de extradições ativas (pedidas por Portugal) do ano passado, havendo uma compensação com o acréscimo de pessoas entregues a outros países.
“É cada vez mais difícil fugir sem vir a ser apanhado”, sublinha em entrevista ao Observador Joaquim Pereira, diretor da Unidade de Cooperação Internacional da Polícia Judiciária: “Isto é como tudo, não há impossíveis, um indivíduo pode decidir deter-se a ele próprio e não interagir com ninguém, desaparecer do radar. Em tese é possível, mas diria que é cada vez mais difícil essa fuga à justiça e ao braço da lei. Porque os mecanismos à disposição das polícias, das magistraturas, dos Estados, são cada vez maiores”.
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