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Marcelo Rebelo de Sousa no dia em que falou pela primeira vez na sua recandidatura. Tinha sido eleito há um mês.
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Marcelo Rebelo de Sousa no dia em que falou pela primeira vez na sua recandidatura. Tinha sido eleito há um mês.

NUNO VEIGA/LUSA

Marcelo Rebelo de Sousa no dia em que falou pela primeira vez na sua recandidatura. Tinha sido eleito há um mês.

NUNO VEIGA/LUSA

Os prováveis e improváveis candidatos presidenciais (sem a ajuda de um vidente)

A oito meses das Presidenciais, Ventura está pronto, Marcelo nasceu pronto, Ana Gomes está a refletir e Albuquerque não descarta. A lista vai longa, mas vai encurtar nos próximos meses. Provavelmente.

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António Costa lançou o isco e o debate político mordeu-o. Faltam oito meses para a corrida a Belém, mas já há pré-candidatos para todos os gostos. Há um grande favorito para quem a cara, os beijinhos e os abraços não são estranhos aos portugueses e a quem o primeiro-ministro já vaticinou a vitória sem precisar de ir à bruxa. É Marcelo Rebelo de Sousa, claro, que procura repetir o feito da segunda candidatura de Mário Soares a Belém. O atual Presidente tem as sondagens a soprar a favor, mas sabe que entre um mergulho ou uma a visita a uma fábrica exportadora podem aparecer os percalços.

Com candidatura assumida há André Ventura, rotulado de populista por muitos e de extrema-direita por outros, que procura multiplicar pelo valor mais alto que puder os pouco mais de 1% que teve nas últimas legislativas. Ana Gomes não queria avançar, mas já está a refletir à boleia da aproximação de Costa a Marcelo e, em poucos dias, já pôde provar da máxima coelhista de quem se “mete com o PS, leva”. Remetentes: José Luís Carneiro e Carlos César.

O PCP e o Bloco de Esquerda ainda não apresentaram candidatos, mas não vão abdicar de ir a jogo, ainda para mais numa corrida que tem a “extrema-direita” para combater e um caminho de distanciamento (relativamente ao PS) para firmar. Além, claro, da competição entre ambos, que tem pendido mais para a Rua da Palma do que para a Soeiro Pereira Gomes. Marisa Matias é o nome favorito no Bloco, mas um apoio a Ana Gomes também não seria de todo impossível (na curta história do partido, só aconteceu com Alegre em 2011).

A aproximação de Costa a Marcelo deixou uma parte da direita a pedir uma terceira via (entre Ventura e Marcelo). No CDS, se Assunção Cristas já tinha praticamente declarado o apoio a Marcelo Rebelo de Sousa, Francisco Rodrigues dos Santos já tinha dito no Congresso que “se fosse preciso” o CDS teria o seu candidato. Era interessante, por parte do CDS, ter uma oportunidade de subir dos 4,22 % das legislativas. Mas as hipóteses esfumaram-se: Bagão Félix, Manuel Monteiro ou Ribeiro e Castro não estão nem aí. Adolfo Mesquita Nunes não encaixa no perfil de senador que a direção do partido quer. Perante isto, o CDS de Francisco Rodrigues dos Santos irá, provavelmente, apoiar Marcelo. O que tem apenas uma vantagem: apoiar um candidato vencedor e, acima de tudo, de direita. Por fim, bebendo da herança jardinista, o líder regional da Madeira, Miguel Albuquerque, admitiu esta quarta-feira em declarações à Rádio Observador avançar para Belém. Mas dificilmente irá até ao fim.

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Como o próprio disse para se referir a outro assunto “o circo está montado”. Estão aí as presidenciais.

Marcelo Rebelo de Sousa: Em busca dos históricos 70%

Grau de probabilidade de candidatura:

MUITO PROVÁVEL

Não é preciso que Cristo desça à Terra nem ser “vidente” — utilizando uma palavra de António Costa, que até já arriscou um resultado — para antecipar que muito provavelmente Marcelo Rebelo de Sousa vai ser recandidato a Belém. O “Presidente dos afetos” atingiu níveis de popularidade históricos, mas manteve ao longo do mandato o tabu de uma recandidatura. Alimentou-o tantas vezes que, em outubro de 2018, já o tinha feito por 13 vezes, a primeira delas numa plantação de morangos apenas um mês depois de tomar posse.

Na cabeça de Marcelo está igualar, repetir ou suplantar o feito de Soares na segunda vez que concorreu a Belém: 70,35% dos votos (e 3.459.521 votos, que nos dias de hoje são mais difíceis do que a percentagem, senão impossíveis). Para isso, Mário Soares contou com o apoio do seu PS e do PSD de Cavaco Silva. O professor tem as contas todas na cabeça, antecipa as jogadas políticas, mas foi apanhado de surpresa na Autoeuropa pelo antigo aluno, que também domina a arte da política. O primeiro-ministro António Costa disse que esperava estar, dali a um ano, com o Presidente da República — o que significa que esperava a sua reeleição.

Marcelo momentos depois de ser surpreendido por António Costa na Autoeuropa

JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA

Em declarações seguintes, António Costa não excluiu um apoio do PS a Marcelo. Nem apoiar outro candidato. Aquilo que deu jeito ao primeiro-ministro como ‘cortina de fumo’ para desviar as atenções de uma ‘mini-crise’ com o ministro das Finanças Mário Centeno, foi um espinho para o Presidente. A ala mais conservadora do PSD, a ala mais conservadora do CDS e até alguns herdeiros do passismo-sem-Passos viram aqui uma oportunidade para fazer Marcelo tremer e para colá-lo a Costa. Para resolver a excessiva colagem, Marcelo começou a agir e aproximar-se à casa-mãe que conhece como ninguém: o PSD.

Já esta quarta-feira,  antes de um almoço na Valenciana, o Presidente deixou um elogio público a Rui Rio ao enaltecer o papel do “líder da oposição“: “Há que lhe dar uma palavra também, de agradecimento e de elogio, por saber colocar o interesse nacional acima do interesse partidário.” Minutos antes do elogio, fonte de Belém revelava ao Expresso que na sexta-feira Rui Rio vai almoçar com Marcelo Rebelo de Sousa em Ovar, onde também estará o presidente da câmara local, Salvador Malheiro.

A Rio, como disse um dirigente do PSD ao Observador, também não lhe interessa que “Marcelo esteja excessivamente colado a Costa” e não lhe “passa pela cabeça” apoiar outro candidato que não seja o atual Presidente. O líder do PSD só vai declarar o apoio depois de Marcelo Rebelo de Sousa se apresentar como candidato, mas já não há na direção do PSD grandes dúvidas desse apoio. Mas, como explica um dirigente do partido ao Observador, “o presidente vai querer passar a ideia de que é o PS que está a apoiar o candidato do PSD e não o contrário”.

A 7 de maio, Rio, que tem fugido do tema presidenciais (nem constava da moção de estratégia global apresentada à liderança do partido), começou a aproximação ao atual Presidente. Numa sessão digital da assembleia distrital de Lisboa, o presidente do PSD admitiu que tem de “ter alguma preocupação com as eleições presidenciais: os partidos não concorrem, mas, no entanto, um partido como o PSD obviamente tem de apoiar um candidato. Não é desculpável que um partido desta dimensão não tenha candidato”. Apontando diretamente para Marcelo e lembrando a ligação ao partido, Rui Rio disse que o PSD “terá de aguardar pela posição do atual Presidente da República e militante do PSD. Aguardemos aquilo que ele pretende fazer e como fazer”. O PSD está à espera de Marcelo e Rio aguarda pelo momento mais oportuno para o fazer. Depois da fotografia da Autoeuropa, Marcelo vai promover a fotografia de Ovar e fica, para já, com Costa e Rio na moldura. Já há sondagens a rondar os 70%, mas também há outras que mostram que o objetivo está longe. O apoio do CDS também pode estar na calha.

André Ventura: O ‘populista’ que perdeu um palco, mas quer crescer

Grau de probabilidade de candidatura:

MUITO PROVÁVEL

Não há muitas dúvidas de que o líder e deputado Chega será candidato à Presidência da República. É uma questão matemática e de afirmação de um partido que é muito personalizado em torno da figura de André Ventura. O Chega teve 1,29% nas legislativas (o correspondente a 67.826 votos) e a pior das sondagens que teve nos últimos meses para Belém, a última, dá-lhe 5,5%. Mas em fevereiro, antes da pandemia, teve 9,3%. Ora, com um resultado nas Presidenciais a rondar estes valores, Ventura pode puxar dos galões de um resultado que será três a sete vezes superior ao que teve em 2019 e afirmar a trajetória de crescimento.

Perdeu na terça-feira um palco importante de exposição mediática, a CMTV, mas tem sempre o Parlamento, onde continua a ter espaço espaço mediático em debates quinzenais com o primeiro-ministro. A pandemia parece tê-lo abalado, mas dificilmente desistirá da corrida a Belém. A própria campanha eleitoral vai servir para continuar a ter essa exposição mediática, de candidato anti-sistema e, simultaneamente, anti-Marcelo. Ambos tiveram recentemente uma pequena brincadeira em que Marcelo chamou Ventura de “quarto pastorinho de Fátima“.

André Ventura numa das audiências como líder do Chega, em Belém

JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA

Candidato do PCP: A tradição continuará a ser o que era

Grau de probabilidade de candidatura:

MUITO PROVÁVEL

É quase tão certo como existirem Presidenciais: o PCP vai apresentar candidato. Resta saber quem. Jerónimo Sousa já o disse: “Naturalmente que participaremos nessa batalha. Em relação à forma, não está definido, o Comité Central não o definiu”. Se nada se alterar, os comunistas têm congresso no final deste ano e as presidenciais podem até servir de afirmação do novo líder (como aconteceu com Jerónimo em 2006). Na história do PCP (até ainda como APU) há um historial de apresentar sempre candidato, embora por três vezes tenham desistido (Carlos Brito a favor de Eanes, Ângelo Veloso a favor de Zenha e Jerónimo a favor de Sampaio). Desta vez não há um Freitas, um Soares Carneiro, nem um Cavaco Silva para derrotar e também não um pré-pré-candidato de esquerda que o PCP pudesse aceitar. Embora haja sondagens que apontem para hipóteses desta área como, por exemplo, o ex-líder sindical Arménio Carlos ou o próprio Jerónimo de Sousa, o PCP tem optado nos últimos anos por desconhecidos do grande público, como aconteceu com Francisco Lopes ou Edgar Silva. Mesmo que também aqui os resultados eleitorais do partido tenham desiludido, o PCP não deve mudar de estratégia.

Nas últimas presidenciais o madeirense Edgar Silva teve um mau resultado

ANDRÉ KOSTERS/LUSA

Ana Gomes: O ’empurrão’ involuntário de Costa

Grau de probabilidade de candidatura: 

PROVÁVEL

Ana Gomes não estava muito para aí virada e vinha confidenciando a socialistas próximos não-alinhados com a direção de Costa que a corrida à Presidência da República não era o lugar para exercer a função de cidadania que quer desempenhar nesta fase. O espaço da opinião da SIC, ao invés, permite-lhe esse espaço de denúncia e de agitar as bandeiras contra a corrupção e as grandes negociatas. No entanto, a graça de António Costa na Autoeuropa fez com que chegasse um chorrilho de mensagens de apoio a Ana Gomes. Francisco Assis, que tem dito várias vezes que apoiaria e votaria em Ana Gomes, disse na entrevista ao programa Vichyssoise  que “se Ana Gomes se apresentasse, e não tem de pedir autorização a ninguém para o fazer (…) estou plenamente convencido que a maioria dos socialistas a vão seguir”.

Ana Gomes está a "refletir" sobre se avança para uma candidatura a Belém

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

Dois dias depois, Ana Gomes admitia que estava a refletir sobre se avançava a não e ao mesmo tempo lançava uma dura crítica a Costa, classificando como “deprimente” e “lamentável” o episódio da Autoeuropa, que nas suas palavras “mudou muita coisa”. Desde logo tornou um ‘não’ num ‘talvez’. A prova de que Ana Gomes já irrita o PS de Costa é que foi dada liberdade ao Largo do Rato para ripostar. O secretário-geral adjunto, José Luís Carneiro, repudiou as declarações de Ana Gomes sobre a alegada falta de democracia interna no PS. Carlos César, presidente do PS, também atiraria a Ana Gomes no programa “Almoços Grátis” da TSF: “Não votarei num candidato ou candidata que me pareça distante das pessoas, rude, divisionista.” Os ataques mostram que dificilmente Ana Gomes terá o apoio do PS, mas são o tipo de críticas que podem ter um efeito reativo e ajudar a pender a balança para uma candidatura. Ao Público, Manuel Alegre veio dizer que não tinha gostado de ouvir Costa e revelou que “ia conversar” com Ana Gomes, sem se comprometer com um apoio. Também à esquerda, Rui Tavares disse ao Expresso ver em Ana Gomes a “esperança da convergência à esquerda“.

Marisa Matias: A preferida para o terceiro pódio seguido

Grau de probabilidade de candidatura: 

PROVÁVEL

Nem os fundadores Francisco Louçã ou Fernando Rosas conseguiram o feito de Marisa Matias em 2016: a candidata apoiada pelo Bloco de Esquerda conseguiu passar os dois dígitos (10,12%), entrar no pódio e dar uma tareia ao PCP. Marisa Matias fê-lo sem sair de Bruxelas e, pelo meio, repetiu o pódio nas Europeias, tornando-se num dos maiores ativos eleitorais do Bloco de Esquerda. Num partido jovem, a bloquista já é uma espécie de senadora e é a favorita, como aqui contou o Expresso, para ser a candidata. Nas quatro vezes em que o BE apoiou um candidato a Belém, houve apenas uma delas em que o candidato teve mais sucesso que o terceiro lugar de Marisa: Manuel Alegre, que em 2011 teve o apoio do Bloco (além do PS). Ora, Ana Gomes assenta nesse perfil, de candidato outsider vindo da área do PS, de uma esquerda descentrada e inconformada. A vantagem de apoiar Ana Gomes é salvaguardar o Bloco (em caso da eleição correr mal — e Marcelo até no eleitorado bloquista consegue entrar), a desvantagem é não se afirmar com uma candidata que, a julgar pelas sondagens, voltaria a ficar à frente do PCP.

E o que diz a própria? À Vichyssoise, da Rádio Observador, Marisa Matias admitia essa possibilidade: “Pode ser que sim, pode ser que não. Veremos como é que as coisas evoluem”. Veremos, então.

Marisa Matias teve um melhor resultado em presidenciais que Louçã ou Fernando Rosas

TIAGO PETINGA/LUSA

Miguel Albuquerque: Um novo Jardim que não deverá ir até ao fim

Grau de probabilidade de candidatura:

POUCO PROVÁVEL

O presidente do governo regional da Madeira — à semelhança do que chegou a fazer o seu antecessor, Alberto João Jardim — admitiu esta quarta-feira avançar uma candidatura à Presidência da República. Em declarações à Rádio Observador, Miguel Albuquerque deixou duras críticas ao “unanimismo“, ao “circo que está montado” e ao “namoro” entre António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa. O presidente do PSD/Madeira disse então que a sua candidatura a Belém “é uma hipótese que nunca é de descartar em função da evolução da situação”, já que neste momento verifica-se a “situação um pouco bizarra que é a circunstância do centro-direita não ter candidato no horizonte“. Acusa Marcelo de ser a “bengala” do governo e atrapalha mesmo o apoio do PSD ao dizer que se Costa apoiar o atual Presidente, Rui Rio só tem duas opções: ou apoia outro candidato da área do PSD ou não apoia ninguém.

Miguel Albuquerque não tem ambições de ganhar, nem garante que leve esta luta até ao fim, mas quer impor o debate da regionalização e arranjar um candidato para um espaço que ficou órfão: “O centro-direita reformista e que é defensor de um Portugal moderno, desconcentrado, aberto ao mundo”. Além disso, quer fazer ouvir a voz da Madeira no plano nacional, como já tinha dito ao Expresso seu vice-presidente, Pedro Calado. Não sendo, provavelmente, para levar até ao fim esta candidatura é uma afronta a um consenso total no PSD em torno de Marcelo Rebelo de Sousa.

Miguel Albuquerque admitiu candidatar-se e Alberto João Jardim diz que o apoia

LUSA

É provavelmente Albuquerque a fazer uma jogada à Alberto João Jardim, que também já entrou no jogo e disse esta quarta-feira ao jornal i que apoiaria Miguel Albuquerque contra a “dupla Costa-Marcelo”. Mas pode sempre acontecer, mais pela corrida do que pela meta.

Adolfo Mesquita Nunes: O apoio mais difícil é o da própria casa

Grau de probabilidade de candidatura:

POUCO PROVÁVEL

O antigo dirigente nacional do CDS, Adolfo Mesquita Nunes, saiu da política partidária ativa sem querer voltar tão cedo. Quando foi convidado para a administração da Galp, tomou a opção de sair da direção do partido, mas sem se afastar da estratégia eleitoral centrista. Para os críticos internos é ele um dos grandes responsáveis pela pesada derrota das últimas eleições legislativas, por ser um dos principais conselheiros da ex-líder Assunção Cristas.

Surgiram no espaço público figuras de várias áreas a defender uma candidatura de Adolfo Mesquita Nunes a Belém, até (e acima de tudo) de outros partidos. O antigo vice-presidente da bancada do PSD, Miguel Morgado, tinha dito à Visão que a aliança Costa-Marcelo tinha aberto espaço a uma “terceira candidatura presidencial à direita”. Ao Expresso, Morgado classificou depois Adolfo Mesquita Nunes como um “bom candidato”. O antigo presidente da Iniciativa Liberal, Carlos Guimarães Pinto, disse ao mesmo semanário que Adolfo seria um “excelente candidato”. O antigo ministro António Bagão Félix disse que seria um “candidato interessante”.

Adolfo Mesquita Nunes colhe simpatias no PSD, no CDS e na IL

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

A bolha encheu ligeiramente, mas entretanto está a esvaziar-se. A candidatura do antigo secretário de Estado dificilmente iria colher o apoio da direção do partido, que pretende outro perfil. Mesmo que houvesse disponibilidade do próprio Adolfo Mesquita Nunes — que continua remetido ao silêncio — a falta de apoio do CDS ou uma grande divisão interna (que já teve expressão, segundo noticiou o Expresso, na Comissão Política Nacional), seria o canto do cisne de uma eventual candidatura.

Manuel Monteiro, Ribeiro e Castro e Bagão: Senadores colocam-se de fora

Grau de probabilidade de candidatura:

POUCO PROVÁVEL

Militante do CDS, sim. Candidato presidencial, nem por isso. Em janeiro Manuel Monteiro já tinha dado um inequívoco “não”, tinha avisado que “não gostava de tabus” e que por isso a questão estaria resolvida. Recentemente, sabe o Observador, quando o antigo presidente do CDS esteve no Largo do Caldas para se refiliar, Manuel Monteiro fez questão de transmitir ao líder do partido que a sua opinião não mudou. E é pouco provável agora que mude nos próximos tempos.

Na mesma linha, José Ribeiro e Castro já se retirou da corrida e até tem o seu preferido. Em declarações à Visão, o antigo presidente do CDS (também visto como um senador “presidenciável”) disse que “Marcelo Rebelo de Sousa cometeu erros, mas é o melhor candidato à direita”.

O antigo ministro Bagão Félix também rejeitou entrar numa corrida presidencial, alegando que é tempo de se dedicar à família. As três auto-exclusões, a juntar à rejeição de Adolfo Mesquita Nunes (que também ainda nem disse se estaria interessado), empurram o CDS para um candidato: Marcelo Rebelo de Sousa.

António José Seguro: Um desejo sem correspondência com a realidade

Grau de probabilidade de candidatura:

MUITO IMPROVÁVEL

O nome de António José Seguro está aqui apenas porque um dos irredutíveis ‘seguristas’, o antigo eurodeputado Manuel dos Santos, disse que era o candidato que preferia ver em Belém. Em declarações ao i, Manuel dos Santos afirmou:”A esquerda democrática deve ter uma candidatura. Veria com bons olhos que António José Seguro se candidatasse. Era, para mim, o ideal”.

António José Seguro não voltou à política ativa após ser derrotado em eleições primárias por António Costa

António José Seguro até já foi apontado como presidenciável (como o homem que saiu com “honra” da política, com sentido de Estado, entre outras qualidades que lhe são apontadas), mas o antigo líder do PS não está para aí virado. Já lhe chamaram exilado das Caldas, já o incentivaram (ou provocaram) de várias formas, mas Seguro resiste a voltar à política ativa. É muito improvável, para não dizer impossível, que António José Seguro se queira meter numa candidatura a Belém nas atuais circunstâncias.

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