Enquanto dormia…

… o Observador publicava um levantamento exaustivo dos contratos celebrados por entidades públicas para a realização da Jornada Mundial da Juventude. Dois meses depois do arranque da JMJ, foram já divulgados 264 processos de contratação para o evento — que vão desde a compra de comida e cabos de esfregonas à reabilitação do aterro sanitário de Beirolas, que estava selado há mais de duas décadas. A grande maioria foram ajustes diretos (226), sendo que os restantes 38 se dividem entre concursos públicos, adjudicações por consulta prévia e concursos limitados. E há muitos assessores contratados, que entretanto se mantêm. Este levantamento soma um total de 41,6 milhões de euros (valor sem IVA). E os ajustes diretos representam a maior fatia: cerca de 23 milhões de euros (sem IVA). Este é também o tema de mais um episódio de A História do Dia: Há concertos pop, contratação de assessores, colchões e almofadas, entre outras despesas, uma conversa com Ana Sanlez, editora-adjunta de economia.

José Maria Ricciardi, numa entrevista exclusiva ao Observador, revela pela primeira vez as várias conversas que teve com Ricardo Salgado entre 2013 e 2014, no auge da crise no Grupo Espírito Santo que levaria à resolução do Banco Espírito Santo (BES) em agosto de 2014. Ricciardi conta mesmo que o primo o convidou para jantar em 2014 e, a sós, perguntou-lhe “o que é que queria”, em termos pessoais, para não denunciar tudo o que sabia sobre a gestão do BES e do GES. Revela também que quer abrir um banco com a marca Espírito Santo.

O Observador regressou à Ucrânia e trouxe (entre muitas outras) a história de Utkin. Dmitri Utkin seguida ao lado de Prigozhin no avião que caiu na Rússia, a 23 de agosto deste ano. Mas Utkin era não só o braço-direito de Prigozhin como também o fundador do Grupo Wagner, o número dois daquela organização, mas foi também ele que lhe deu o nome: Grupo Wagner. Porquê? Em homenagem ao compositor favorito de Adolf Hitler, Richard Wagner. A reportagem do Observador na Ucrânia, mais precisamente em Smoline, conta como foi a vida de Utkin, que nasceu, cresceu e casou naquela pequena aldeia e que quando saiu não deixou saudades.

Antes de terminar, deixo-lhe uma sugestão de mais um episódio do programa de política do Observador, a  Vichyssoise. Ainda na ressaca das eleições regionais da Madeira, Albuquerque invocou a cadela Sissi no acordo com animalistas na Madeira. Embalado, o PAN admite matrimónios continentais no futuro. A convidada da última Vichyssoise foi a líder do PAN, Inês Sousa Real, ouça aqui.

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