Enquanto dormia… |
Submetíamos o Partido Socialista a um raio X, no dia em que completa 50 anos. Analisámos os dilemas de um partido com muitos anos de poder, “desgaste” e guerras internas à espreita. Num especial escrito pela Mariana Lima Cunha e pela Rita Tavares, o retrato é o de um PS moderado, mas com diferenças e fraturas entre alas internas; orgulhoso das contas certas, mas acusado de ser austero e com um possível problema eleitoral em mãos; bem visto junto dos pensionistas, mas com dificuldades em chegar aos mais novos; com o poder nas mãos, mas sem perceber para onde irá a partir daí — e se a sucessão de António Costa tem o potencial para desencadear uma verdadeira guerra interna. O aniversário do PS é também o tema do Contra-Corrente desta quarta-feira. |
O Governo recusou entregar à comissão parlamentar de inquérito a fundamentação jurídica que sustenta a decisão de demitir a presidente executiva da TAP. Ministérios das Finanças e Infraestruturas invocam a resolução que cria a comissão de inquérito, que delimita o horizonte temporal dos trabalhos ao período entre 2020 e 2022, argumentando que a decisão de despedir Christine Ourmières-Widener é já de 2023. O PSD, que tinha apresentado o requerimento, diz que a resposta é “gravíssima” e pede uma reunião urgente. |
Ainda sobre a TAP, olhámos ao detalhe para casos de outras “Alexandras Reis”, que até receberam mais, mas ficaram fora do radar e dos relatórios da companhia aérea. Há prémios, uma pré-reforma e acordos de saída generosos que têm sido revelados depois da polémica da ex-gestora. Estes pagamentos feitos na gestão privada não precisaram de aval do Estado e não aparecem nas contas da TAP. A grande repórter Ana Suspiro explica o que está em causa — neste especial e no episódio de hoje do podcast A História do Dia. |
E como vão, afinal, as relações entre o líder do PSD e o Presidente da República? O editor adjunto de Política Miguel Santos Carrapatoso conta como Montenegro teve de lidar, esta terça-feira, com a sombra do Chega e o fantasma da troika. Tudo em modo campanha eleitoral, no mesmo dia em que foi recebido por Marcelo Rebelo de Sousa, depois de semanas de acrimónia entre ambos. Apesar de Montenegro continuar sem dizer taxativamente que não fará qualquer aliança com o partido de André Ventura, há um afinar do discurso que parece ter sido do agrado presidencial. Pela primeira vez, Marcelo referiu-se oficialmente a Montenegro como “líder da oposição” e, ao final do dia, quando anunciou igual audiência com André Ventura, que decorrerá esta quarta-feira, o Chefe de Estado referiu-se ao líder do Chega apenas e só como “deputado“. Ventura, por seu turno, questiona se Marcelo está a ser um “obstáculo” à construção de uma alternativa à direita e se “obrigou” o líder do PSD a distanciar-se do Chega. |
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Boa quarta-feira. |