Enquanto dormia… |
… Na Coreia do Sul, e depois de cinco horas e meia de lei marcial em vigor, o Presidente que a declarou é alvo de um pedido de destituição, a decidir no final da semana, caso não apresente demissão. Os pedidos para a que se demita sucedem-se e elementos do seu gabinete já o fizeram, em protesto a uma inesperada comunicação ao País no início da noite de ontem (na Coreia do Sul). “Declaro a lei marcial para proteger a República da Coreia da ameaça das forças comunistas norte-coreanas, para erradicar as forças anti-estatais pró-norte-coreanas que estão a roubar a liberdade e a felicidade do nosso povo e para proteger a ordem constitucional livre”, anunciou Yoon Suk Yeol que acusa a oposição para lisar o Governo e de “atividades contra o Estado”. No poder desde 2022 tem sentido a dificuldade de avançar com medidas devido à fragmentação parlamentar e, neste momento, vive-se um impasse em relação ao Orçamento para 2025. Foi esse mesmo Parlamento que viu ser revertida a decisão de impor a lei marcial. 190 de 300 deputados votaram contra a lei marcial que foi levantada. Uma lei marcial que despertou temores antigos. |
- A última vez que tinha sido decretada tinha sido em maio de 1980, na semana em que se deu o Massacre de Gwangju, quando o exército carregou sobre a população que se manifestava contra um regime totalitário de Chun Doo Hwan que ainda ficou no poder até 1988, depois de ter convocado eleições para 1987.
- Ontem os dias de 1980 eram recordados. Yoon Suk Yeol ousou decretar a lei marcial, foi derrotado pelo Parlamento que agora lhe apresenta a porta da rua.
- Yoon Suk Yeol foi, antes de Presidente (ganhou a Presidência com a vantagem de apenas 0,8 pontos percentuais), procurador público por 12 anos liderando investigações que conduziram à condenação por corrupção de de dois ex-presidentes, tendo também ido atrás do herdeiro da Samsung e de um ex-presidente do Supremo. Ganhou a fama de combater a corrupção, o que lhe valeu a escalada política. Até que a sua mulher foi “apanhada” num vídeo a receber uma mala Dior avaliada em mais de dois mil euros (os responsáveis políticos só podem aceitar presentes até 700 euros). Yoon Suk Yeol pediu desculpas, mas o país vê-se a braços com uma crescente crise económica e à procura de soluções.
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Uma lei marcial na Coreia do Sul. Uma censura em França. As moções de censura vão ser votadas esta quarta-feira na Assembleia Nacional francesa e o mais provável é que o Governo, que tem Michel Barnier como primeiro-ministro, caia. Isto depois de ter optado por usar o poder especial conferido pela Constituição para fazer passar o Orçamento sem votação. A moção da aliança de esquerda Nova Frente Popular (NFP) terá conseguido o apoio do partido de Marine Le Pen, o Reagrupamento Nacional, o que será suficiente para derrubar o Governo, apesar de Barnier ainda ver uma ligeira luz ao fundo do túnel. |
Uma lei marcial na Coreia do Sul. Uma censura em França. E, por cá, uma negociação impossível. Os bombeiros sapadores, numa manifestação convocada de forma inorgânica, sem aviso (tendo a PSP recolhido o nome dos manifestantes e declarado que teve conhecimento do protesto pelas redes sociais), chegaram à porta da sede do Governo para reivindicarem melhores condições salariais (já tinham sido autores de um protesto junto no Parlamento que os levaram a subir as escadarias). Isto numa altura em que, dentro do edifício, decorriam negociações. Os petardos, os fumos e as palavras de ordem fizeram-se ouvir. O que levou o Governo a suspender as negociações, a garantir que “não negoceia em tais condições” e a avisar que só se voltam a reunir se a ordem pública estiver garantida. “O processo negocial poderá, eventualmente, ser retomado, se e quando assegurado o comprometimento das partes envolvidas com um diálogo institucional sereno, respeitador da ordem pública e da racionalidade deliberativa”, declarou o Governo. Este é o ponto de partida para o Contra-Corrente desta quarta-feira que vai juntar a estas manifestações as greves que se têm sucedido. Para participar na conversa com José Manuel Fernandes e Helena Matos ligue para o 910024185. |
Depois do primeiro dia em funções ter sido marcado por uma visita a Kiev, António Costa está ainda num gabinete provisório. O Observador assistiu ao primeiro dia na sede do Conselho Europeu do novo presidente do organismo. O ex-primeiro-ministro tinha pastéis de nata à espera na cantina do pequeno almoço (mas parece, conta-nos Rita Tavares e João Porfírio, que é habitual haver esse bolo). E muitos portugueses. Já na sexta-feira ouviu-se o “Portugal allez”, típico cântico de futebol, no discurso de Costa que já prepara a sua agenda. Colorida. A cor-de-rosa estão marcados os encontros com os líderes. A História do Dia conta-nos como é a nova vida do ex-primeiro-ministro. |
Portugal allez também foi ouvido quando a seleção feminina de futebol venceu esta terça-feira a República Checa em Teplice (com dois golos de Diana Silva) e garantiu a presença no próximo Campeonato da Europa, que vai decorrer em julho de 2025, na Suíça. Nas últimas cinco fases finais de grandes competições de futebol feminino, Portugal apurou-se para os Europeus de 2017, 2022 e 2025 e para o Mundial de 2023, falhando apenas a qualificação para o Mundial de 2019. |
Enquanto o Mundial não chega, vá ao teatro ou à dança. A Joana Moreira dá-lhe cinco sugestões. Ou se ficar em casa temos sugestões de séries. A do Netflix Senna está a provocar polémica. Uma é pelo pouco tempo dedicado à última parceira de Ayrton Senna, a modelo e apresentadora Adriane Galisteu, por oposição a uma ex-namorada do piloto, Xuxa Meneghel. |
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Tenha uma boa quarta-feira |