Há alturas em que não sabemos se é melhor ficarmos a fritar na frigideira ou saltarmos para o lume. Politicamente podemos estar a viver um momento desses e o dilema é fácil de explicitar: é melhor o horror de uma maioria absoluta do PS ou o pesadelo de um PS quase-quase maioritário, encostado à esquerda no essencial mas sem problemas para chantagear a direita nas aflições?
Não tenhamos muitas ilusões que é assim que estamos. Por isso, como toda a frieza e algum cinismo – indispensável nestas alturas – olhemos para os que nos espera.
Comecemos, naturalmente, pela política. A não ser que aconteça um cataclismo daqui até Outubro, os socialistas caminham para uma vitória folgada e o PSD para uma derrota histórica. Não me surpreenderia que a abstenção fosse elevada, castigando sobretudo os partidos mais à direita. O Parlamento é capaz de ficar mais dividido, mas sem surpresas transformadoras.
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