Grande notícia! Com ou sem surpresa é uma excelente notícia saber que o padre e o poeta em breve vestirão um novo hábito. Ou melhor, uma nova veste, a cardinalícia veste púrpura que, a bem dizer, nem combina muito com a simplicidade e a discrição de quem gosta de se vestir de preto, branco e antracite.

José Tolentino Mendonça, bibliotecário do Vaticano, já era arcebispo e sabemos que era mais que previsível que fosse feito cardeal, mas como se tem dito e repetido, poucos esperavam que acontecesse já, aos 53 anos. Penso que ele próprio ainda não terá despertado completamente do sonho de que falava quando partilhou o convite do Papa, quando este lhe ligou a pedir que orientasse o seu retiro de Quaresma, no ano passado.

Agora temos três cardeais com voto, três ‘papáveis’ (a palavra é feia, mas aplica-se) e Tolentino terá ainda mais peso na Igreja. Não falo apenas da hierarquia, mas também, e essencialmente, do conjunto de mulheres e homens que a compõem. Isto porque Tolentino ainda era padre e já era uma referência intergeracional, nacional e internacional. Tinha e continua a ter legiões de seguidores de todas as idades e áreas de especialidade, em vários cantos do mundo e, por isso mesmo, ganhou a fama de ser um dos poucos padres portugueses com ‘apóstolos’.

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