O Reino Unido, os EUA, o Canadá, a Austrália e a Nova Zelândia expressaram profunda preocupação com a erosão do sistema democrático de Hong Kong, após as polémicas eleições desta segunda-feira.

Através de um comunicado em conjunto, os ministros dos Negócios Estrangeiros (MNE) dos países mencionados monstraram-se preocupados com o sistema democrático da ex-colónia britânica, assim como o crescimento das forças “pró-Pequim” na região.

“Nós, os MNE da Austrália, Canadá, Nova Zelândia e Reino Unido, e o secretário de Estado dos EUA, após os resultados das eleições em Hong Kong, expressamos a nossa profunda preocupação pela erosão dos elementos democráticos do sistema eleitoral da Região Administrativa Especial (Hong Kong)”, lê-se no comunicado, citado pela agência Reuters.

As eleições em questão registaram o nível de abstenção mais elevado desde que o Reino Unido entregou Hong Kong à China, em 1997. Apenas 30% dos eleitores registados compareceram nos boletins de voto.

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Candidatos pró-Pequim dominaram eleições legislativas de Hong Kong

Críticos apontam também as alterações à legislação eleitoral impostas pela mainland China, consideradas um esforço para apoiar as forças “pró-Pequim”, inclinando o jogo eleitoral para o lado destes. Com as mudanças, a China pretende aumentar o nível de controlo autoritário na região, que clama por independência há anos.