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Quando, na manhã deste sábado, o Papa Francisco colocar o barrete vermelho na cabeça do bispo Américo Aguiar, Portugal passará pela primeira vez na História a ter seis cardeais em simultâneo — quatro dos quais com menos de 80 anos de idade, ou seja, com direito de voto num conclave. Com esta situação inédita, Portugal torna-se num dos países do mundo mais bem representados no Colégio Cardinalício, o grupo dos mais próximos conselheiros do Papa, sobretudo em comparação com o número de fiéis.

Os cardeais, cuja nomeação é da responsabilidade exclusiva e pessoal do Papa, constituem um grupo especial de clérigos da Igreja Católica com uma história que remonta à Idade Média. São eles que têm a prerrogativa de eleger o Papa no conclave e são os principais conselheiros do pontífice. O título de cardeal, usado em tempos para denominar os padres das igrejas da cidade de Roma, ganhou importância ao longo da história: hoje, os cardeais situam-se no topo da hierarquia eclesiástica e já não são exclusivamente romanos. Ainda assim, todos os cardeais recebem uma igreja titular na cidade de Roma — de que tomam posse depois da criação cardinalícia —, mesmo que nem sequer vivam em Itália.

Com o passar dos séculos, o Colégio Cardinalício foi-se universalizando — mas algumas tradições mantiveram-se. O título de cardeal foi, ao longo das últimas décadas, reservado para os bispos chamados a ocupar os cargos mais importantes da Cúria Romana, bem como para os bispos das principais dioceses do mundo — por exemplo, o bispo de Lisboa é, tradicionalmente, elevado a cardeal. Há vários séculos que o novo Papa é sempre eleito de entre os cardeais, que são todos considerados potenciais herdeiros do chefe da Igreja Católica — e que, por isso, recebem o título de “príncipes da Igreja”.

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