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“Primeiros dois casos positivos de coronavírus em Portugal. Dois outros casos aguardam contraprova“. Era este o título do liveblog do Observador de 2 de março de 2020 — e era este o começo de um longuíssimo ano. |
Durante estes 12 meses, algumas coisas correram bem, mas muitas coisas correram mal. Por isso, temos todos muito a aprender. Agora que se passa um ano desde que a pandemia chegou a Portugal, o Observador foi olhar para os seis problemas principais da forma como lidámos com a Covid-19: |
- Os confinamentos e desconfinamentos
- O quase colapso do Serviço Nacional de Saúde
- Os erros de comunicação
- A falta de dados de qualidade
- As mortes nos lares
- Os falhanços na vacinação
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Para fazer este raio-X, as jornalistas Ana Kotowicz e Tânia Pereirinha leram muitos documentos, falaram com muitas pessoas — e recorreram ainda a seis especialistas. Além da análise do que correu mal, este painel também faz recomendações que todos devem ler com atenção, para que não se repitam erros. |
- António Diniz é médico pneumologista e coordenador da Unidade de Imunodeficiência do Hospital Pulido Valente e da Estrutura Hospitalar de Contingência de Lisboa. Foi diretor do Programa Nacional para a Infeção HIV/sida. Membro do gabinete de crise para a Covid-19 da Ordem dos Médicos. É consultor da Direção Geral da Saúde.
- Filipe Froes é médico pneumologista. Coordenador da Unidade de Cuidados Intensivos Médico-Cirúrgicos do Hospital Pulido Valente, em Lisboa, é também investigador da Universidade Nova de Lisboa e coordenador do gabinete de crise para a Covid-19 da Ordem dos Médicos. É consultor da Liga Portuguesa de Futebol, da Direção Geral da Saúde e membro do Conselho Nacional de Saúde Pública.
- Ricardo Mexia é médico de Saúde Pública e epidemiologista. Membro do Departamento de Epidemiologia do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, trabalha essencialmente no âmbito das doenças transmissíveis, com foco na investigação e controlo de surtos. Dá aulas como assistente convidado na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e na Universidade do Algarve. É presidente da Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública e vice-presidente da Secção de Controlo de Doença Transmissível da Federação Europeia de Saúde Pública.
- Roberto Roncon é médico internista e intensivista. Especialista em Medicina Interna e Medicina Intensiva, trabalha no Centro Hospitalar Universitário de São João, no Porto, onde é coordenador do Centro de Referência de ECMO (Oxigenação por Membrana Extracorporal). Dá ainda aulas de Fisiologia na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.
- Tiago Correia é professor e investigador. Dá aulas na Unidade de Saúde Pública Internacional e Bioestatística do Instituto de Higiene e Medicina Tropical e é investigador sénior do Global Health and Tropical Medicine, do mesmo organismo, e investigador associado do Centro de Investigação e Estudos de Sociologia do Instituto Universitário de Lisboa. É membro do Centro Colaborador da Organização Mundial de Saúde para as Políticas e Planeamento da Força de Trabalho em Saúde e da comissão executiva da Sociedade Europeia para a Saúde e Sociologia Médica.
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O Livro Branco da Pandemia começa a ser publicado este domingo à noite no site do Observador — e estará também na Rádio Observador de segunda a sexta-feira, às 9h da manhã. |