Seria impensável, há meio século, sequer imaginar a dimensão da patologia mental coletiva para onde a esquerda conduziu os povos, especialmente na Europa (a França afunda-se sem paralelo) e nas Américas (o Brasil e sobretudo os Estados Unidos da América são outros casos).

Alimento a esperança de os portugueses, articulados com o crescimento do Partido Chega, destacarem-se no caminho do resgate da sanidade mental da espécie. Basta que nos articulemos, cada vez mais, em torno de três questões decisivas para que se reabram as portas do progresso civilizacional universal de que tanto necessitamos.

Primeira pergunta: Quem instiga o ódio racial?

Que eu saiba, hoje apenas os indivíduos de pertença racial branca ocidental nascem condenados por supostos crimes raciais que cometeram antes de terem nascido.

Libertar a futura descendência do estigma da culpa à nascença é um dever inerente à condição maternal e paternal. A pretexto do combate sem fronteiras ao dito racismo, o amor de mãe, pai, avó, avô nunca foi tão desumanizado. Não é por serem brancas ocidentais, ou com essa ascendência identitária, que as crianças não têm o direito a nascer livres e inocentes.

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Também a pretexto de precaver crimes num futuro que ninguém sabe qual será, a pertença racial branca de matriz ocidental é a única condenada por antecipação. Desde os bancos de escola, os indivíduos são policiados sobre o que pensam, dizem ou fazem como não acontece a nenhuma outra pertença racial na face da terra.

Não existem tempos mais sombrios, não existem regimes mais desumanos e repressivos do que aqueles que condenam os indivíduos por aquilo que herdam à nascença ou que os condenam por antecipação.

A violência da inquisição, a violência dos totalitarismos, a violência do Islão assassino e demais radicalismos ou a virulência do ativismo antirracista atual alimentam-se do pior da miséria humana, o atropelo de princípios morais elementares. Estamos de regresso à barbárie.

A esquerda progressista acrescentou ainda outro detalhe sórdido: fazer, ou permitir que se faça, das minorias trelas para uma parte da população branca domesticar, intimidar, reprimir, insultar a outra parte da população branca.

Segunda pergunta: Quem é hoje supremacista branco?

Que se saiba, indivíduos e comunidades que são criticados e que aprendem a tolerar a crítica autocorrigem todos os dias as suas atitudes e comportamentos e prosperam geração após geração. Pelo contrário, os excluídos da crítica social livre dificilmente se libertam de predisposições para a desinserção social, delinquência, corrupção, violência social.

Não é difícil entender: o branco passa a vida a criticar o branco, e de forma impiedosa, pelo menos desde Martinho Lutero no século XVI. Com o fim dos impérios coloniais europeus, entre as décadas de sessenta e setenta do século XX, os ideólogos esquerdistas, daí em diante donos mentais da espécie, passaram a instigar as minorias e demais povos a criticarem os povos brancos ocidentais de todas as formas e feitios. Aos últimos só passou a ser tolerado o elogio e jamais a crítica a outras pertenças raciais e povos.

Resultado: a discriminação racial transitou para fórmulas das mais perversas da história. Basta saber que a liberdade da crítica social sempre foi e será a fonte da prosperidade dos povos.

O que o cigano, o negro, o islâmico e outras minorias e povos têm de aprender é que não se libertam do falhanço, miséria ou violência enquanto aceitarem viver proibidos pelo branco de esquerda de se criticarem livremente a si mesmos, serem livremente criticados pelos outros e elogiarem a pertença racial branca.

Não custa perceber as razões da violência criminal, corrupção ou irresponsabilidade política progressista andarem há meio século a destruir a América Latina, a África ou o Mundo Islâmico.

Ao banir a liberdade da crítica social, ou tão-só a liberdade, a esquerda arrastou a espécie de regresso à barbárie da desumanização.

Terceira pergunta: Quem ameaça o Estado de Direito e a Democracia?

A discriminação racial sempre foi e será instigada pelo Estado, nunca pela Sociedade. É historicamente irrefutável que as diferenças raciais apenas se transformam em racismo, apenas geram sentimentos crescentemente agravados de humilhação, injustiça, exclusão social, tensões ou violência quando o atributo racial entra na órbita do Estado para corromper a neutralidade e imparcialidade racial do ordenamento jurídico.

Seja porque a classe política, por via da lei, decidiu impor a discriminação racial negativa, a origem da patologia racial do século XX. Seja porque a classe política, por via da lei, impõe hoje a discriminação racial positiva, a origem da patologia racial do século XXI. Discriminar negativamente alguém é beneficiar injustamente outros. Discriminar positivamente alguém é sobrecarregar injustamente outros.

Foi assim no tempo do nazismo (1933-1945), da África Colonial ou do Apartheid na África do Sul (1948-1994) onde hoje prossegue em forma invertida e muitíssimo mais violenta. Foi e continua a ser assim nos Estados Unidos da América. A França deixou-se arrastar apenas com diferença de intensidade em relação às demais sociedades ocidentais. Felizmente algumas começam a escapar (Polónia, Hungria, Áustria ou Itália).

A discriminação racial sempre foi e será filha da perversão do estado de direito. É por isso que o Partido Chega sabe não poder ceder na absoluta neutralidade e imparcialidade racial das leis. Só assim se defende o estado de direito, a justiça social ou a democracia.

Vamos continuar a deixar destruir as nossas sociedades ou vamos travar a fundo a ignorância esquerdista?