Mais uma semana, mais polémicas envolvendo o Presidente da República. Se bem que, desta vez, Marcelo Rebelo de Sousa até nem foi o Marcelo mais em destaque na imprensa nacional. Esse honra coube a outro Marcelo, mais precisamente o boneco de trapos de nome Marcelo, marido de Meirivone Rocha Moraes, uma mulher de 37 anos de nacionalidade brasileira.

Anunciou a senhora que o casal vai ter um “filho” pela segunda vez, e que espera que o “nascimento” do “bebé” ajude a salvar o casamento, após uma traição do seu farrapento esposo. Ou muito me engano, ou o Marcelo enrolou-se com uma capa de edredão na máquina de secar roupa. Quantas vezes não abri eu a máquina de secar roupa e me deparei com faltas de vergonha destas: uma t-shirt enrolada com uma toalha de mesa, ou uma meia toda enrolada com uma fronha, ou coisa que o valha.

Já o segundo Marcelo mais comentado da semana, o Rebelo de Sousa, esse continua a deixar-se enrolar por António Costa. Desta vez, a limpeza com que o Primeiro-Ministro se borrifou no pedido de demissão do ministro João Galamba foi, na prática, uma espécie de passar o Presidente da República a ferro. E, como fica evidente, é melhor terminarem por aqui as metáforas relativas ao tratamento de roupa. Até porque sinto-me a perder um bocadinho o vapor. Pronto, foi a última, juro.

Tratamento de roupa de que é bem provável Marcelo Rebelo de Sousa ter necessitado, depois de comer de forma apressada o seu gelado Santini, enquanto era abordado por jornalistas. Jornalistas que desperdiçaram a hipótese de ouro de colocar aquela que seria a questão mais pertinente naquele instante. Que era a seguinte:

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“Senhor Presidente da República, esclareça-nos uma dúvida: de que sabor é o gelado, banana?”

Enfim, por acaso acho que, naquele momento, não havia ali banana. No gelado. Deu-me mais ideia de ser uma combinação morango-limão. O que surpreendeu, porque é uma óptima combinação. E não é nada típico de Marcelo Rebelo de Sousa fazer boas combinações. Basta lembrar, por exemplo, aquela combinação que ele fez com o Lula da Silva, aquando de uma visita ao Brasil, no sentido de garantir a presença do condenado chefe de Estado nas cerimónias do Dia da Liberdade.

Há muito tempo não se via uma combinação tão danosa para os interesses nacionais. Para ser rigoroso desde a temporada 1999/2000. Quando, para o eixo da defesa do Benfica, o técnico Jupp Heynckes apostou na combinação Paulo Madeira-Ronaldo. Digamos que era uma daquelas duplas que podia ser substituída, com benefício para o rendimento da equipa, por um par de bonecos de trapo chamados Marcelo. E sim, pequenada, já houve jogadores de nome “Ronaldo” muito fraquinhos.

Por oposição, quem continua fortíssimo é João Galamba. Ainda não se sabe quem fez a chamada para o SIS recuperar o computador do adjunto, mas sempre que há a chamada dos ministros, Galamba continua a dizer “presente”. E atenção, eu também não sei quem chamou o SIS. Mas podemos já descartar alguns suspeitos. Nomeadamente, todos os amigos próximos do cançonetista Toy. Porquê? Porque se o chibo fosse amigo do Toy, assim que o adjunto de Galamba levou o computador, o chibo teria ligado logo ao músico a pedir auxílio, e este teria respondido “Chama o António”. Ora, a imprensa refere-se ao operacional do SIS como “Agente D.” Pelo que os amigos próximos do Toy estão ilibados.

Concluindo. Quanto à acção deste governo, é mais ou menos evidente que andaremos a caçar galambozinos até finais de 2026. A grande questão é: aguentamos? Quer dizer, aguentar talvez aguentemos, mas vai dar imensas vezes vontade de chamar o Gregório.