Quando chegou ao número 5 da (rua) Im Kreuzteich, André Alexandre Nunes Maia ia com o objetivo de conversar com o senhor mais idoso, que estava à porta de casa. Foi o neto quem respondeu. O avô não fala inglês, mas ele poderia ajudar. Julian vive mesmo em frente ao Hotel Klosterpfort, o quartel-general da seleção portuguesa, em Marienfeld, na Alemanha. |
Julian Hülsman tem uma varanda com vista para o Klosterpfort (portão do mosteiro, numa tradução literal), mas as copas das árvores funcionam como barreira visual para garantir a privacidade da equipa portuguesa. Julian diz que Ronaldo é o seu novo vizinho e ele bem espreita, mas não o consegue ver. A conversa com o nosso enviado especial correu tão bem, que acabou com troca de números de telefone e com Julian a enviar sms ao André Alexandre para saber “se está tudo bem”e “se precisa de alguma ajuda”. |
Marienfeld parece, nas palavras do nosso enviado especial, uma aldeia saída de um filme do Shrek, o ogre mais catita de que há memória. Mas aqui, os monstros do futebol são recebidos com bandeiras, música, bifanas, cerveja e sorrisos. Nem sinais de turbas furiosas de forquilhas ou gadanhas em riste. Marienfeld é por estes dias um bosque de portugalidade. |
A história do nome completo |
Entre nós, André Alexandre Nunes Maia é apenas André Maia. É o nome profissional do nosso jornalista e claro, foi o nome que inscreveu nos documentos oficiais, que dão acesso às zonas reservadas do Europeu. |
Porém, “nein”, o nome que consta da carteira profissional não bate certo com o nome do cartão de cidadão. A organização alemã não aceita que o “Alexandre” e o “Nunes” fiquem em parte incerta e a acreditação oficial do Europeu não foi emitida. |
André Maia foi convocado pela organização e ainda tentou explicar que, por mais apreço que tenha (e tem) ao “Alexandre” e ao “Nunes” (nome materno), o seu nome profissional é “André Maia”. Mas, mais uma vez, “nein”: ou entram todos os nomes ou o André não entra. |
O nosso enviado especial provou logo no primeiro dia o acre rigor alemão, que contrasta com a doçura do “deixa andar” português. E é por isso que André Maia é agora André Alexandre Nunes Maia — vou começar a tratá-lo sempre assim. |
Para além de podermos ler no Observador as reportagens do André Alexandre Nunes Maia, podemos também ouvi-lo no Diário do Euro — todas as manhãs na Rádio Observador ou em podcast. E não só: o nosso André Alexandre (optei por abreviar) também explica neste episódio da História do Dia que a equipa das quinas é das grandes favoritas à vitória. |
Na rádio, vamos transmitir em direto todos os jogos da seleção nacional e a análise está garantida no “E o campeão é…”. Já a arbitragem vai ser sempre escrutinada ao pormenor pelo nosso audio-árbitro, Pedro Henriques, no podcast “Sem Falta”. |
Mas há mais. Também na rádio, vamos acompanhar, n’ “O minuto 90”, o final de todos os jogos em que a seleção portuguesa não entra. E no site temos um novo desafio chamado TotoEuropeu. Quem sabe mais, menos ou nada pode arriscar-se e divertir-se neste simulador, que puxa por aquela característica muito portuguesa de “dar palpites”. E, claro, os nossos comentadores residentes também vão vaticinar resultados no Instagram e na conta do X do Observador. O André Alexandre Nunes Maia disse à família que só regressa depois de 15 julho, espero que sim. |