Havia um muro invisível à direita, agora destapado. A responsabilidade da sua exposição é moderada, mas o momento da sua descoberta era inevitável. A longevidade da polémica em torno do manifesto dos 54, em que me incluí, prova que a sua publicação não simbolizou uma fratura na direita, mas uma radiografia que revelou o que já antes se encontrava partido.

Politicamente, entendo os que temem nas críticas ao Chega um risco de perpetuação do PS no poder. Estrategicamente, compreendo também os que receiam que uma separação entre a direita democrática e a direita populista torne o poder inacessível à primeira. E a pergunta é, na verdade, justa: fará sentido erguer as fronteiras à direita em 2020 que António Costa aboliu à esquerda em 2015?

Respondamos-lhe.

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