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Umas são assumidas publicamente, outras só no recato das reuniões de staff. Todos os candidatos têm metas, mas nem todos as revelam porque quanto maior é a expectativa, maior é a queda se a noite de 10 de março não correr bem. No topo, não há dúvidas que o grande objetivo de Pedro Nuno Santos e Luís Montenegro é serem primeiros-ministros, de olho numa vitória épica: uma maioria que lhes permita governar. Mas têm mínimos olímpicos diferentes: o líder do PSD impôs a si próprio ficar em primeiro, enquanto o líder do PS até pode ficar em segundo lugar, mas com maioria de esquerda. As pistas têm inclinações diferentes e tudo vai depender da forma como chegam à meta.

Uma derrota para Luís Montenegro é ficar em segundo lugar, enquanto para Pedro Nuno Santos é ficar em segundo lugar e haver uma maioria de direita. Será tão mau que, já garantiu, até viabiliza um governo da AD. Já André Ventura tenta furar o bipartidarismo e morder os calcanhares aos dois maiores partidos. Mas o que seria verdadeiramente uma vitória para o líder do Chega seria o PSD ficar em segundo, ficar dependente dele para governar e indicar outro líder que não preconize o “não é não” de Montenegro.

A Iniciativa Liberal luta por não perder lugares no Parlamento depois da substituição de um líder carismático por outro que procura ainda afirmar-se. E épico seria mesmo crescer e ter votos suficientes com a AD para suportar um governo que não preciso do Chega. Já o Bloco de Esquerda precisa de crescer e a melhor vitória seria reeditar a geringonça com contrato escrito e assinado. A CDU tem objetivos parecidos e deseja ter força para influenciar a governação do PS, mas tendo em conta as sondagens não perder deputados já era uma vitória.

Quanto ao Livre e ao PAN, lutam ambos por ter (ou voltar a ter, no caso dos animalistas) um grupo parlamentar. Mas o que seria épico para ambos era serem fundamentais para um dos blocos chegar à maioria, sendo que o Livre só casa à esquerda e a líder do PAN, Inês Sousa Real, não afasta suportar qualquer um dos blocos.

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Pedro Nuno a tentar estreitar os caminhos para o pesadelo de perder tudo

“Nós vamos ganhar a 10 de março. O que é que querem? É verdade!” Ainda em campanha interna, em conversa com o Observador, Pedro Nuno Santos colocava a fasquia lá em cima já para as legislativas e — sem surpresas — até agora não vacilou, nem com uma maioria de debates televisivos pouco entusiasmantes ou com sondagens menos sorridentes para as suas ambições — quanto mais para a sua ambição maior. Qual é? Uma vitória sem espinhas, para o líder socialista seria repetir o que António Costa conseguiu, de forma inesperada, em 2022: a maioria absoluta. A divisão de votos que as sondagens vai apontando dificulta a repetição desse cenário para qualquer um dos lados, por isso, o que já poderia ser considerado épico para Pedro Nuno Santos seria ficar à frente da AD e com uma maioria de esquerda no Parlamento.

A megalomania que lhe é reconhecida, não permite baixar expectativas, mas já falou, no frente a frente com Rui Tavares, no “risco real” de a direita e a AD ganharem nas próximas eleições. Nesta situação, Pedro Nuno Santos só teria uma saída: a esquerda ter uma maioria no Parlamento. A repetição do que António Costa fez em 2015, depois da coligação Portugal à Frente (que juntava PSD e CDS) ter ganho as eleições, é um sonho assumido pelo líder socialista que nunca escondeu o à vontade com uma solução de Governo apoiada pela esquerda parlamentar — que, aliás, coordenou como secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares. Pode não gostar da expressão “geringonça”, mas será sempre um lugar seguro. Ainda assim, uma fasquia mínima para o candidato que tem garantido não existir cansaço com oito anos de governação socialista, mas antes valorização dos resultados alcançados. Se ficar atrás da AD, toda essa argumentação cai por terra e só a maioria de esquerda poderá evitar o que seria ainda pior.

O pesadelo para Pedro Nuno Santos é claro: terminar a noite de 10 de março atrás da AD e com a direita com maioria no Parlamento. É um cenário de que tem falado nos últimos dias, para tentar encurralar o seu principal adversário. No debate com Luís Montenegro, o líder do PS atirou-lhe uma clarificação importante: não apresentará nem viabilizará qualquer moção de rejeição a um programa de Governo da AD em caso de vitória da coligação nas eleições. Passou os dias seguintes a pedir a Montenegro que diga o mesmo, que está disponível para o deixar governar em maioria relativa — mesmo que exista uma maioria de direita que inclua o Chega. Ou seja, nem nesse cenário Pedro Nuno Santos deixa de tentar ter uma saída. No fim de todas as contas, parece existir apenas uma situação em que atiraria mesmo a toalha ao chão: AD à frente e conseguir uma maioria sem o Chega.

Montenegro só tem uma saída: eleger mais um deputado do que o PS

Perder estas legislativas em condições tão extraordinárias e depois de oito anos de governação socialista seria um desastre absoluto para o PSD. Falhando o objetivo, o partido entrará numa rampa deslizante de desfecho incerto. No limite, poderá ver-se transformado numa força política de dimensão média. Um cataclismo. Até porque o PSD tem uma oportunidade de regressar ao poder num quadro único em que não precisaria de aplicar um programa de ajustamento (como aconteceu com Pedro Passos Coelho), nem encontraria o país numa situação tão delicada do ponto de vista das contas públicas, como aconteceu com José Manuel Durão Barroso no processo de sucessão de António Guterres. Seria a primeira vez que tal aconteceria desde Aníbal Cavaco Silva. Seguramente, se Montenegro falhar, lançaria o PSD num novo período de convulsão interna. Só uma maioria de direita no Parlamento poderia amenizar a derrota, mas aí já não seria ele a ditar os destinos do partido.

Por tudo o que acima foi descrito, a vitória nestas eleições legislativas é absolutamente indispensável para o PSD. Atendendo aos objetivos a que se propôs Luís Montenegro – o líder social-democrata já garantiu que só governa se ficar em primeiro lugar – terá de ter necessariamente mais um deputado do que o PS. O cordão sanitário em torno do Chega, o “não é não” a Ventura, levantaria depois problemas de governabilidade. Mas, como se viu nos Açores, os sociais-democratas estão dispostos a apostar contra o bluff de Ventura e acreditam que o líder do Chega jamais terá coragem para derrubar um governo do PSD. De todo em todo, seria sempre uma solução de poder altamente precária.

O melhor dos cenários para Luís Montenegro seria, naturalmente, a maioria absoluta da Aliança Democrática. Atendendo à tendência verificada nas sondagens, não parece ser uma hipótese, para já, realista. No entanto, se Montenegro conseguir eleger um número suficiente de deputados que lhe permita fazer maioria só com a Iniciativa Liberal isso acabaria de uma vez por todas com a conversa das alianças com Chega, isolava André Ventura. Em teoria, dar-lhe-ia um quadro de estabilidade para quatro anos. É verdade que implicaria negociações difíceis entre três partidos – PSD, CDS e IL –, mas, por esta altura, já é por demais evidente que é muito mais aquilo que os une – derrotar e afastar o PS do poder – do que aquilo que os separa em matéria de propostas para o país.

Chega quer tudo, mas pode não servir para nada

A queda do Governo deu espaço para a narrativa de que havia uma oportunidade para o Chega. Começou com o caso que levou à saída de António Costa, que permitiu a André Ventura cavalgar a velha bandeira da corrupção, mas foi tendo seguimento com o posicionamento sobre a operação na Madeira e até com o afastamento de Maló de Abreu após uma polémica com as moradas. Ao mesmo tempo, as sondagens foram sendo motivo de empolamento no período de pré-campanha e André Ventura foi-se tornando cada vez mais vocal a mostrar que queria muito: a vitória. Realisticamente, as expectativas criadas pelo próprio Ventura colocam o Chega num equilíbrio difícil entre conseguir um resultado maior do que em 2022 e conseguir influenciar o cenário governativo no dia seguinte às eleições. Neste caso, a derrota do Chega será mesmo não conseguir ter uma palavra a dizer e, mais do que isso, que PSD e IL consigam uma maioria, que a direita consiga uma solução sem Ventura e que o “não é não” de Montenegro se torne um não-problema. Aí, um voto no Chega tornar-se-ia inconsequente.

Atendendo ao crescimento exponencial do partido nos últimos anos e às sondagens que vão antecipando uma subida ainda maior, no mínimo o Chega tem de se manter como terceira força política — um resultado que conquistou nas últimas legislativas e que, ao que tudo indica, vai conseguir. E na eventualidade de não servir para influenciar nenhum governo, o Chega pode aproveitar esta posição não só para ser a chave em várias decisões, principalmente no caso de haver um governo minoritário, como para aguardar uma oportunidade no futuro — já que o tipo de discurso de Ventura funciona melhor na oposição.

Por outro lado, há um cenário que seria perfeito para André Ventura. Conseguir aproximar-se, de facto, de PS e PSD e tornar a luta a três — ou perto disso. Seria uma entrada no campeonato dos grandes e uma mudança no panorama político nacional. Mas, mais do que isso, em termos de cenário de governabilidade, há um que podia tornar-se muito favorável para o Chega: se o PSD ficasse em segundo lugar, Luís Montenegro cumprisse o que disse, não governasse e houvesse a possibilidade de haver outra figura dos sociais-democratas a chegar-se à frente — nesse caso alguém que não fizesse um cordão sanitário ao Chega. Aí, se o Chega pudesse influenciar, seria talvez a vitória verdadeiramente épica para Ventura.

IL de olho no Governo

Em Novembro as sondagens chegaram a dar 8% à Iniciativa Liberal, mas desde então têm vindo a descer para valores à volta dos 6%, pelo que a margem de erro não permite para já grandes certezas sobre se será superada a fasquia dos 4,9% (273.399 votos) alcançados em 2022. A IL aparece ali numa renhida luta pelo 4º lugar com o Bloco de Esquerda e corre o risco de ser ultrapassada e baixar uma posição. Se as coisas correrem mesmo mal, o partido que recusou integrar a AD mas se mostra disponível para uma coligação pós-eleitoral com Luís Montenegro arrisca-se até a não ver o seu líder eleito para o Parlamento pelo círculo de Braga, onde é menos seguro do que em Lisboa. Da última vez que o líder não foi eleito deputado, em 2019, Carlos Guimarães Pinto passou o testemunho a João Cotrim de Figueiredo. O que seria uma derrota.

Rui Rocha apontou como objetivo a eleição de 12 deputados. Perante os apelos da AD ao voto útil e o anunciado crescimento do Chega nas sondagens, se a IL conseguir aumentar os atuais oito deputados e estes representantes forem relevantes para a solução de governo, já não será um mau resultado. E legitima a opção de não terem feito coligação pré-eleitoral, preservando capital de independência, autonomia e sentido crítico para se afirmar nesta ainda curta existência como partido.

No meio de uma luta tão aguerrida no centro-direita, um reforço da votação que permita eleger acima dos 12 deputados fixados como objetivo, com a eleição de deputados em mais distritos para além de Lisboa, Porto, Braga e Setúbal confirmaria um crescimento consistente do partido, apesar do contexto difícil. Melhor do que isto, só se conseguirem negociar um acordo de coligação com a AD, com ministros da IL em pastas-chave, sem dependências do Chega. E o pináculo improvável seria a eleição de mais 2 ou 3 deputados em Lisboa, sinalizando que afinal o lugar oferecido a Carla Castro nas listas (entre o 5º e o 7º) não era uma missão impossível.

PCP e a necessidade vital de reverter as perdas

Não é só em legislativas que o PCP tem sofrido derrotas assinaláveis (passou de 17 deputados em 2015 para 12 em 2019 e seis nas últimas eleições). As últimas autárquicas também indicaram que o declínio do partido se regista no domício dos municípios, onde costumava ter um enraizamento muito considerável. Ainda assim, Paulo Raimundo, que vai pela primeira vez a eleições como candidato (estreia-se como cabeça de lista em Lisboa), tem lembrado que na Madeira e nos Açores o PCP registou um crescimento em número de votos, para assegurar que há sinais de esperança no horizonte.

O mantra para esta campanha está definido: os comunistas querem “mais força, mais votos e mais deputados” para alterar a “correlação de forças” que existe no Parlamento. Objetivo? “Condicionar” o PS e “apertar” com o partido, como Raimundo dizia em entrevista ao Observador.

O PCP, que recusou sempre que mesmo nos tempos da geringonça tenha existido uma verdadeira maioria parlamentar ou um governo “apoiado” pela esquerda, está longe de querer assumir a assinatura de novos acordos com o PS como o objetivo principal da sua campanha. O partido recusa, aliás, discutir a forma que esses acordos poderiam assumir, insistindo que está disponível para aprovar o que for “positivo”. Ainda assim, Raimundo tem falado abertamente da sua disponibilidade para ter um “debate sério” com o PS sobre medidas centrais, e recordado com frequência o papel do PCP em “virar o tabuleiro” e impedir que o Governo PSD/CDS governasse, em 2015.

Ora para voltar a ter esse papel decisivo, o PCP precisaria de que a esquerda inteira garantisse uma maioria parlamentar. Ou seja, sendo verdade que os comunistas não se focam tanto nos elogios aos entendimentos à esquerda ou à capacidade de este bloco como um todo conversar, não é menos certo que querem influenciar – seja em que moldes for – uma governação do PS. Ainda assim, o discurso do PCP é mais virado para o seu crescimento, tendo em conta a necessidade de mostrar que o ciclo de derrotas do partido não significa que esteja num ponto sem retorno, e que as notícias da sua morte voltam a ser manifestamente exageradas.

O Bloco tem um sonho: uma maioria de esquerda

Longe vai a noite de outubro de 2015 em que os bloquistas foram ouvindo, incrédulos, os resultados eleitorais, que os obrigaram a ir confirmar quais os deputados estavam a eleger – uma vez que não tinham contado chegar tão longe (elegeram 19 deputados, com 10,19% dos votos, e tornaram-se determinantes para permitir que António Costa governasse). Em 2019, o bom resultado repetiu-se (os mesmos 19 deputados, com 9,52%). Mas, depois do tombo de 2022 (cinco deputados, 4,40% dos votos), não há no Bloco quem alimente esperanças de chegar tão longe: um resultado a rondar os 6% já representaria um sinal de força do partido.

Neste contexto, é essencial para o Bloco somar deputados a um grupo parlamentar reduzido a mínimos históricos. Por um lado, para ganhar terreno no Parlamento, mostrar vitalidade e ganhar a relevância de outros tempos. Por outro, para conseguir contribuir para o objetivo em que o partido está a apostar tudo nestas eleições: garantir que volta a haver uma maioria de esquerda no Parlamento.

Ao Observador, há quem diga, entre as fileiras bloquistas, que o partido parte mesmo para estas eleições com o objetivo claro de “disputar uma maioria”. E toda a narrativa com que parte para campanha gira à volta disso: Mariana Mortágua começou o ano a anunciar que queria voltar a assinar um acordo com o PS, com os temas da Habitação, Saúde, Educação e salários como eixos centrais, e a pressionar os socialistas para que discutissem possíveis acordos ainda antes das eleições. O PS não quis responder diretamente ao desafio, mas com o aproximar das eleições a esquerda já aparece com o discurso alinhado: todos enaltecem as vantagens de uma maioria à esquerda que “consegue conversar”, e Mortágua garante mesmo que esta é a “única” hipótese de existir uma governação estável no país. O Bloco sabe que o seu eleitorado guarda boas memórias da geringonça e que parte dele se irritou com o chumbo do Orçamento para 2022, que ajudou a acabar com o que restava dos diálogos à esquerda.

Se tudo isto falhar – ou seja, se não existir maioria à esquerda e o PS não conseguir governar – isso constituirá um golpe nas aspirações do Bloco. E, neste momento, as sondagens indicam que poderá não ver os seus desejos realizados. Nesse caso, o mínimo a garantir, para ter uma noite eleitoral que lhe dê algum alento, seria conseguir pelo menos recuperar alguns deputados. Não se espera que volte aos números de 2015 ou 2019, mas chegar aos dois dígitos em número de mandatos já seria bom. Para isso, o partido conta cativar algum voto jovem, ir pescar indecisos e eleitores de esquerda que se arrependeram de ter ajudado a entregar a maioria absoluta ao PS.

PAN e a recuperação do grupo parlamentar que já foi uma realidade

“É com muita tristeza que assumo este mandato sozinha”. Em 2022, Inês Sousa Real assumiu a derrota na noite eleitoral de 31 de janeiro. O partido deixou de ter um grupo parlamentar, com quatro deputados, para garantir apenas o lugar de deputada única à sua porta-voz.

A marcação de eleições, mesmo sem ser um desfecho desejado pelo PAN, traz a possibilidade de recuperar os votos e os parlamentares perdidos entre 2019 e 2022. Em entrevistas recentes, Sousa Real assumiu como objetivo mínimo o de “não estar sozinha no parlamento”, assumindo que ter companhia “já seria ótimo”. Assim, entende-se que uma dupla na Assembleia da República seria o resultado no limiar mínimo para o partido das causas da proteção animal e de defesa do ambiente.

Uma vitória sem margem para dúvidas, para o PAN, seria recuperar os quatro deputados que há cinco anos elegeu e que entretanto perdeu, com caras novas em posições elegíveis, como  Enquanto partido de centro, sem ideologia política definida, a possibilidade de influência de um futuro Governo, a ser à esquerda ou à direita, será motivo de celebração para o partido que, recentemente, permitiu a governabilidade ao PSD na Madeira.

Rui Tavares assume como objetivo mínimo deixar de estar sozinho no Parlamento 

Rui Tavares tem três objetivos claros, que apontou logo em dezembro ao Observador: eleger um grupo parlamentar, ajudar a esquerda a ter uma maioria e impedir extremistas e autoritários de condicionarem a política portuguesa. Nunca se comprometeu com um número fechado de deputados a eleger pelo Livre a 10 de março, mas já assumiu que “dois deputados é pouco”, em entrevista à Agência Lusa. Continuar a sentar-se sozinho no hemiciclo é, portanto, sinal de derrota para o co-porta voz e para o partido que representa.

Eleger dois deputados é um resultado aceitável, mas pouco, para quem tem referido a possibilidade de eleger em Lisboa, Porto e Setúbal. Na capital, a número dois de Tavares é Isabel Mendes Lopes, no Porto, o número um é Jorge Pinto, e em Setúbal, onde o Livre ficou à beira de eleger nas eleições de 2022, o cabeça de lista é Paulo Muacho. Estes foram os três nomes que tiveram maior destaque no XIII Congresso do Livre e sobre os quais versa maior expectativa.

Tudo parece indicar que sentar no Parlamento mais do que estes quatro deputados, a contar com Rui Tavares, será uma vitória para lá do esperado. Mas nem só do número de parlamentares se faz a conquista do Livre – fazer parte de uma solução governativa de esquerda será a cereja no topo de um grupo parlamentar.