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O guião final alterado dezenas de vezes, terminado já depois da meia noite e impresso apenas às três da madrugada, depois de uma luta com a impressora (que quase ia ganhando a batalha). Horas e horas de ensaios na véspera do evento, que obrigou a pedidos para horas extra aos anfitriões (bem hajam e obrigada) e levou muitos a deixar Carcavelos ao fim da noite de segunda e a voltar logo ao nascer do Sol de terça. Um vice da Câmara de Cascais preso no trânsito, cujo atraso obrigou a um improviso inesperado (que arrastou alguns de surpresa para o palco) mas resultou lindamente. E o grande final do Hugo Lopes, o rapaz que aprendeu sozinho em vídeos do Youtube e tutoriais da Internet como tocar em pianos que não eram dele (ainda hoje não tem um) e se tornou um grande pianista. |
Foi de tudo isto, mas muito mais, que se fez a Conferência Clube dos 52 do Obervador, na última terça-feira, dia 4, no palco do Grande Auditório Jerónimo Martins, na Nova SBE. O objetivo era refletir sobre o futuro, sobre como será Portugal em 2034. Uma reflexão que começou logo na mensagem de parabéns de Marcelo Rebelo de Sousa pelo décimo aniversário que também festejávamos: “Um projeto excecional”, disse o Presidente da República, ao falar da necessidade de projetos como o Observador e a Rádio Observador para a próxima década. |
Dos 26 membros (economistas, académicos, empresários, artistas, médicos, cientistas ou ambientalistas, entre outros especialistas) do Clube dos 52, com os quais recriámos sete programas emblemáticos da Rádio Observador, ficaram 26 frases que vale a pena refletir porque lançam 7 desafios para o futuro. Houve uma conversa especial, moderada pelo subdiretor Ricardo Conceição (o apresentador em palco, com a Maria João Simões, host das manhãs 360), com o presidente do conselho de administração executivo do Observador, António Carrapatoso, e com o publisher, José Manuel Fernandes, sobre Onde estamos e para onde vamos?; depois uma edição de O bom, o mau e o vilão a olhar para os próximos 10 anos, com o diretor executivo Miguel Pinheiro; os riscos da Boa moeda, má moeda da próxima década, conduzido pelo Paulo Ferreira; um Vencedor é especial, onde a subdiretora Sara Antunes de Oliveira quis que uma maestrina, um psiquiatra, um arquiteto e um comunicador dessem notas; um Semáforo político em que eu própria pedi luzes para os próximos anos; o Ainda bem que me faz essa pergunta, onde a Carla Jorge de Carvalho, editora da Rádio Observador, colocou questões para o futuro; um Direto ao Assunto também futurista, com o Ricardo Conceição; e por fim um Explicador sobre que desafios enfrentam as novas gerações, moderado pelo diretor adjunto Pedro Jorge Castro. |
Escrito assim, parece que foi tudo fácil. E para quem seguiu em direto, ou foi ver entretanto — e foram já muitos —, foi. Mas nem tudo o que parece é, certo? Entre 19 de dezembro e 3 de junho (a véspera de tudo acontecer) só a Patrícia Oliveira (responsável pelo marketing e comunicação) trocou um total de 701 emails, entre interlocutores internos, oradores convidados e Nova SBE (mais 92 de uma conta que afinal nem existe do José Manuel Fernandes). Mensagens de WhatsApp é melhor nem falar, sobretudo as que ela e Paulo Farinha (editor de inovação) enviaram nos dias finais já no grupo criado (há sempre um grupo) para afinar tudo. |
Do ponto de vista técnico, para promover a interação entre Carcavelos e os estúdios da rádio em Alvalade em áudio e vídeo com o mínimo delay possível foi muito, mas mesmo muito, complicado. Mas resolveu-se, com muita criatividade, entre a equipa Multimédia e o Nuno Serra Fernandes (coordenador técnico). Houve também uma oradora muito difícil de encontrar no meio dos convidados, que só respondeu após duas chamadas, um email e três sms. Só quando Nuno Piteira Lopes, o vice-presidente da câmara de Cascais que encerrava a conferência, avisou que estava com dez minutos de atraso, foi mesmo preciso improvisar. E aí o Ricardo Conceição fez o que melhor sabe: entrou em palco surpreendendo o Rudolf Gruner, que estava no uso da palavra e nem sabia o que se passava, pediu-lhe para se sentar, foi buscar o António Carrapatoso, e ficaram os três em animada e interessante conversa. Ninguém teria dado por nada se Piteira Lopes não tivesse entrado a correr pelas escadas exteriores e entrado com a respiração pesada no auditório e pedido desculpa. |
Mas valeu a pena a espera até porque ainda faltava o grande momento. Aquele em que o miúdo Nuno Lopes, a quem tremiam as pernas (literalmente) e não era capaz de articular duas palavras depois de atuar, mostrou como se pode fazer tanto com tão pouco. O Hugo aprendeu a tocar sozinho em pianos públicos sem nunca ter tido aulas. Um desses pianos encontrou-o nos corredores do campus da Universidade Nova em Carcavelos no final de mais um turno na copa de um restaurante. E foi nele que tocou as três músicas no final da Conferência do Clube dos 52 dos 10 anos do Observador (resumidos neste vídeo). |
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