1. Os cidadãos beneficiarão com toda a informação com interesse público que os media providenciem à Opinião Pública, de acordo com a teoria da “Sociedade Aberta” do filósofo austríaco Karl Popper. Porquê? Porque assim estarão mais bem informados para tomarem as suas decisões, seja no ato de votar, seja na aprovação ou rejeição de determinado titular de cargo político ou seja no exercício de uma cidadania ativa que queira protestar contra as decisões do Governo. O objetivo final é simples de explicar: evitar os déspotas e a tirania e permitir o controle dos representantes no Governo e no Parlamento pelos representados.
Daí que Popper veja a liberdade de imprensa como uma defesa da democracia representativa e o jornalismo como um aliado natural do respetivo sistema de freio e contra-freios entre o Poder Executivo, o Legislativo e o Judiciário que marcam a democracia liberal. Há quem pense, claro, que Popper, bem como Adam Smith, John Locke, Montesquieu ou Alexander Hamilton e James Madison — entre tantos outros pensadores que ajudaram a conciliar a liberdade com a prosperidade económica — estão errados.
Rui Rio é, claramente, um deles — como voltou a demonstrá-lo no debate com António Costa e no debate com os restantes cinco líderes partidários, ao defender alterações legais para impedir a publicação de notícias que violem o segredo de justiça e a respetiva punição de jornalistas. Isto para não falar da sua “obsessão” com a necessidade de controlar politicamente o Ministério Público.
Este artigo é exclusivo para os nossos assinantes: assine agora e beneficie de leitura ilimitada e outras vantagens. Caso já seja assinante inicie aqui a sua sessão. Se pensa que esta mensagem está em erro, contacte o nosso apoio a cliente.
Siga-me no Facebook (@factoserigor e @luis.rosa.7393), Twitter (@luisrosanews) e Instagram (@luis.rosa.7393)