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Enquanto dormia… |
… a retirada de civis da cidade portuária de Mariupol, fora da fábrica Azovstal, foi interrompida e deverá ser retomada já esta manhã. Mas continuava a evacuação parcial das instalações da metalúrgica, de onde já foram retirados, pelo menos, cem civis. No discurso que é publicado todos os dias na página da presidência, Volodymyr Zelensky celebrou com um “finalmente!” o facto de, pela primeira vez, ter sido cumprido um cessar fogo durante dois dias para essa operação humanitária. Na mesma mensagem, o Presidente ucraniano falou também do encontro com Nancy Pelosi, destacando “quatro horas” de negociações “multifacetadas” com a presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos. |
Ao 68.º dia de guerra, há vários desenvolvimentos no terreno: |
- Às primeiras horas da manhã, duas explosões abalaram a cidade russa de Belgorod, junto à fronteira com a Ucrânia. Não há registo de danos ou vítimas;
- Pela primeira vez desde o início da guerra, Zelensky vai sair de Kiev. O Presidente ucraniano vai estar hoje em Zaporíjia, no sul do país, para receber os civis retirados de Mariupol;
- Depois de Moscovo ter cortado o abastecimento de gás à Polónia e à Bulgária, os ministros europeus com a pasta da Energia reúnem-se hoje, de emergência, para discutir a crise energética;
- Jill Biden, primeira-dama dos Estados Unidos, vai visitar esta semana a Roménia e a Eslováquia, onde vai encontrar-se com refugiados ucranianos, sobretudo mulheres e crianças;
- A Força Aérea ucraniana confirmou que, afinal, a história do “fantasma de Kiev”, um piloto que teria abatido 40 aviões russos sozinho, não passa de um mito para levantar a moral;
- A maioria dos combatentes estrangeiros que têm ido para a Ucrânia são rejeitados pela Legião Estrangeira, mas lutam na mesma, noutras unidades. Esta semana morreram três.
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Na estratégia de guerra, a Rússia mantém a pressão sobre Lugansk e Donetsk, regiões separatistas da Ucrânia, que continuam sob ataque. Vladimir Putin quer que a independência daqueles territórios seja reconhecia e dá como exemplo um país dos Balcãs. A Ana Kotowicz explica como é que a independência do Kosovo serve agora a narrativa russa. |
Sobre os planos de Putin para as próximas semanas, pouco se sabe. Mas sabe-se que se aproxima uma data importante: o 9 de maio, em que o Presidente russo quer poder mostrar uma grande conquista — apesar de Sergei Lavrov ter vindo dizer entretanto que não fará diferença nenhuma. Porquê nessa segunda-feira? Na História do Dia de hoje, o Ricardo Conceição e o José Milhazes conversam sobre o contexto histórico, o simbolismo e a importância do Dia da Vitória para a propaganda russa. |
O caso dos refugiados recebidos em Setúbal por russos com ligações ao Kremlin — que Luís Marques Mendes considera “quase espionagem de guerra” — continua no topo da atualidade. Ontem, o Presidente da República lembrou que há autoridades competentes — judiciais e administrativas — para investigarem as suspeitas. E António Costa pediu “serenidade” para não “alimentar suspeições e dúvidas”, enquanto decorre a investigação que foi entregue à Comissão Nacional de Proteção de Dados e ao ministério da Coesão Territorial. |
No desporto, a vitória do Sporting frente ao Gil Vicente adiou, mais uma vez, a conquista do campeonato pelo FC Porto. Mas, além da prata de Catarina Costa nos Europeus de Judo, um dos grandes destaques de ontem ficou no ténis: Francisco Cabral e Nuno Borges fizeram história e conquistaram o primeiro troféu nacional no Estoril Open em pares. |
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