Enquanto dormia… |
… Duas explosões em Brasília na Praça dos Três Poderes punha o Brasil de prevenção. Terão sido um ataque suicida de um homem que tentou entrar na sede do Supremo Tribunal Federal (STF) com explosivos. O autor — que será Francisco Wanderley Luiz, conhecido como Tiü França, tinha 59 anos, e disputou as eleições para vereador em Santa Catarina em 2020 pelo Partido Liberal (o mesmo do ex-Presidente Jair Bolsonaro), mas acabou por não ser eleito — morreu. A Polícia Federal não descartou a possibilidade de novo ataque aos Três Poderes, tendo aberto um inquérito enviado a Alexandre de Moraes, juiz do Supremo. O caso, segundo a Globo, está a ser tratado como “gravíssimo”. |
Os futuros homens da Presidência de Donald Trump continuavam a ser escolhidos ao mesmo tempo que era confirmada a maioria republicana também na Câmara dos Representantes. Os republicanos conseguem, assim, o pleno — a Presidência, o Senado e a Câmara dos Representantes. A renúncia de Matt Gaetz da Florida tinha feito baralhar umas contas que pareciam já fechadas para os republicanos. Mas durante a tarde os vários jornais acabaram por confirmar a maioria republicana também na Câmara dos Representantes, o que dá a Trump maior margem para avançar com a sua agenda. |
Para já, Donald Trump vai surpreendendo com as suas escolhas. Matt Gaetz foi o nome escolhido para procurador-geral norte-americano. Uma escolha polémica e que deixam os senadores (até os republicanos) com dúvidas sobre se vão dar o seu sim a Gaetz que foi investigado no âmbito de uma rede de tráfico sexual, acabando ilibado. Também esteve sob escrutínio da comissão de ética da Câmara dos Representantes por alegada conduta sexual imprópria e alegado uso ilícito de drogas, com o republicano a negar sempre as acusações. Agora, será o procurador-geral de Trump, tendo de lidar com os processos judiciais que envolvem o próprio Presidente. |
Foi ainda divulgado o nome que irá suceder a Antony Blinken como chefe da diplomacia norte-americana. Será Marco Rubio, até agora senador pela Florida e chegou a concorrer, em 2016, nas primárias republicanas contra Trump que nessa campanha até o apelidou de “litle Marco” (pequeno Marco). Agora o pequena faz-se grande e vai tomar conta da política externa dos Estados Unidos, que tem um ponto de interrogação em várias frentes. |
Estas escolhas têm tido todas dedo do presidente na sombra, Elon Musk, que já tinha sido anunciado o chefe de um novo departamento para a eficiência governamental, pretendendo cortar nas despesas do Estado. Elon Musk terá ao seu lado o empresário republicano Vivek Ramaswamy. As ondas de choque continuam a fazer-se sentir. O The Guardian anunciou a sua retirada da rede social X, de Elon Musk. “O X é uma plataforma mediática tóxica e que o seu proprietário, Elon Musk, tem conseguido utilizar a sua influência para moldar o discurso político”, explica o jornal britânico. O papel de Elon Musk em Washington é o tema da História do Dia desta quinta-feira. Os anúncios de Trump sucedem-se e o futuro Presidente já teve uma reunião com o atual Presidente, Joe Biden, preparando a transição. “Haverá uma transição pacífica e ordeira do poder”, assumiu a Casa-Branca. |
Estas movimentações nos Estados Unidos foram notadas na Web Summit. E apesar de ser um local propício a apoio a uma Casa-Branca que tem uma agenda mais virada para as empresas e empreendedores e para a menor regulamentação, a versão Trump 2.0 é vista com alguma desconfiança. “Ninguém sabe o que vai acontecer”. Na cimeira do empreendedorismo que ocorre pela nona vez em Lisboa, Paddy Cosgrave, CEO da Web Summit, confessa que o espaço é limitado e que se chover (como se prevê que hoje aconteça) pode haver limitações. É por isso que atira para o atual presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moeda, a solução para fazer crescer o espaço. Já sobre o novo governo admitiu ao Observador que a relação até é melhor do que estava à espera. A Web Summit termina hoje em Lisboa. |
O Governo tenta segurar a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, assumindo-se no seio do Executivo que será praticamente impossível evitar que a crise no INEM não venha a provocar demissões. É o Ministério da Saúde em cuidados intensivos. Para já a secretária de Estado para a Gestão da Saúde, Cristina Vaz Tomé, estará como elo mais fraco, até depois da própria ministra lhe ter retirado o tapete, assumindo a tutela do INEM diretamente. E há muito para resolver no INEM que tem sido chamado a contribuir financeiramente para o serviço nacional de saúde, não podendo ficar com o dinheiro que ganha. E já pediu que as taxas que recaem sobre os seguros dos portugueses e que financiam o organismo sejam aumentadas. |
Hoje há greve no metropolitano de Lisboa até às 10 horas e amanhã nas escolas. É assim que se prepara um fim de semana (que pode aproveitar para seguir os passos de Susana Verde que viu de seguida os episódios da série Disclaimer — “Se ainda não viram, vão ver. Já. Agora”). Antes vá buscar o guarda-chuva e o casaco (vem chuva e frio). Há vários avisos amarelos para o país. Espanha volta também a estar sob uma tempestade. Na Andaluzia, Cádiz, Huelva e Sevilha, e na Comunidade Valenciana, Alicante e Valência, estão sob aviso laranja. Em Málaga, o aviso já foi levantado. |
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Boa quinta-feira |