Enquanto dormia… |
… Kamala Harris, a que Joe Biden e os Clintons (mas não os Obama) deram o seu apoio após a desistência da corrida à Casa Branca do atual Presidente, terá já garantido o número de votos necessários para formalmente ser escolhida como candidata pelo Partido Democrata nas eleições presidenciais de novembro. Ainda que só na Convenção Democrata, em agosto, é que a contagem se faça, os pré-anunciados votos favoráveis dos delegados da Califórnia permitirão a Kamala Harris essa nomeação. E que já conseguiu o apoio da influente Nancy Pelosi. |
- Depois de anunciar a sua candidatura à nomeação, Kamala Harris não tem parado. Já montou a estrutura, já tem conta nas redes sociais, já garantiu mais 81 milhões de dólares de financiamento (em menos de 24 horas) e já tem segurança reforçada.
- Kamala Harris fez o seu primeiro discurso de campanha em Delaware. E, claro, o alvo foi Trump (que não tem parado de atacar Harris e Biden nas redes sociais), que comparou a “predadores e burlões” — “conheço o seu género”, disse numa referências aos anos que passou como procuradora do Estado da Califórnia em que combateu os vários tipos de crime — e colocou a questão do aborto e a regularização do uso de armas no topo da sua agenda política. “Tem sido uma montanha russa”, declarou a ainda vice-presidente de Biden. Na campanha de Trump, o palco ontem foi do seu candidato a vice-presidente, JD Vance.
- Kamala Harris pode estar longe de ganhar a Casa Branca, mas já tem conquistado as redes sociais que entraram na era do coqueiro (coconut tree, se for pesquisar esta nova tendência). Tudo porque começou a ser lembrada a frase que proferiu num discurso: “A minha mãe costumava dizer-nos: ‘não sei o que passa com vocês, a juventude. Pensam que caíram de um coqueiro? Vocês existem no contexto de tudo o que viveram e do que veio antes de vocês”. Foi o suficiente para que as redes sociais passassem a associar coqueiros às mensagens associadas a Kamala Harris. A geração Z tem vindo também a ser conquistada depois da cantora Charli XCX ter apelidado de Harris de brat, uma designação para pessoas irrequietas e que gostam de festa. A campanha de Harris não fez por menos e adotou a cor verde (quase florescente) do album da cantora para as suas páginas nas redes.
- Ainda nos Estados Unidos, ontem foi ouvida a chefe do Serviço Secreto que está no olho do furacão, depois do atentado a Trump. Kimberly Cheatle, que foi ao Congresso prestar esclarecimentos, admitiu erros, assumiu responsabilidades, mas recusou a demissão, pedida pelos republicanos.
- E esta quarta-feira Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro israelita, vai discursar no Congresso norte-americano. Ainda não é certo que Biden consiga (devido à infeção por Covid-19) recebê-lo nesta visita aos Estados Unidos.
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De regresso a Portugal, o Observador contava-lhe a história da Inapa e como chegou ao colapso que vai levar esta líder europeia de distribuição de papel à insolvência. O Estado, que é um dos principais acionistas, não foi em seu socorro e a empresa entrou em rutura de tesouraria na Alemanha, o que arrastou a holding portuguesa. O Ministério das Finanças explica que recusou um empréstimo à empresa porque esta não tinha um plano de viabilidade económica e financeira e porque considera que não é estratégica em Portugal. Os jornalistas Ana Suspiro e Edgar Caetano contam-lhe a queda da Inapa. |
No dia em que na comissão de inquérito ao caso das gémeas tratadas com Zolgensma (que já pediu para ouvir Marcelo, Costa e Santos Silva) vai ouvir o chefe da Casa Civil do Presidente da República, Fernando Frutuoso de Melo, espera-se que Marcelo Rebelo de Sousa anuncie o que vai fazer com o diploma do IRS e o Observador vai acompanhar a passo e passo os desenvolvimentos. Isto no momento em que o Governo fez entrar no Parlamento um pedido de autorização legislativa para mudar os limites a partir do qual os contribuintes com rendimentos mais elevados pagam o adicional do IRS (a taxa de solidariedade aplicada desde a troika para os mais ricos). E Luís Montenegro — recuperado depois de uns dias de ausência de agenda por ter estado doente — apresentou mais um acordo com autarquias para a construção de habitação. “Não podemos desperdiçar esta grande oportunidade”, declarou. O primeiro-ministro vai hoje iniciar uma visita oficial a Angola. |
A janela de transferências no futebol está aí, mas é uma transferência no motociclismo que está a dar que falar. Miguel Oliveira mais perto de mudar de equipa (e de marca) em 2025. E ontem foi dia da chegada a Portugal de Nuno Borges (que ganhou o seu primeiro torneio ATP no ténis e logo contra Rafael Nadal) e de João Almeida que já está entre os melhores portugueses na exigente volta a França (Tour). Nuno Borges já pensa nos Jogos Olímpicos, João Almeida assistirá de fora (preparando-se para a volta a Espanha) — também o vencedor do Tour, Pogacar, não vai aos jogos de Paris que arrancam esta sexta-feira com a presença de Marcelo Rebelo de Sousa a convite de Macron (que já pediu uma trégua na política — “os franceses precisam de descanso”). |
Nesta newsletter encontra ainda todas as outras notícias de que precisa para começar o dia bem informado e deixo-lhe mais duas sugestões. Na História do Dia voltamos ao acidente no campus da universidade no Monte da Caparica, na Omnidea, que matou uma pessoa que estava a criar um “combustível espacial novo”. E no Contra-Corrente vai debater-se mais uma greve na CP (ligue para participar o 910024185). Também pode ir testando os novos desafios no AbraPalavra e no Sudoku. |
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Boa terça-feira, continue por aí |