As coisas não estão a correr nada bem, mas não foi agora que começaram a correr mal e não podemos repetir o erro de pensar que é calando as críticas que avançamos. Os números para Portugal são neste momento dos piores do mundo desenvolvido no que se refere a infecções registadas (como se prova no gráfico abaixo) e o número de mortos começa a ser alarmante. Estamos com metade dos mortos da Alemanha, que tem uma população oito vezes maior, e a Suécia – a famosa Suécia –, um país com a mesma população que Portugal e que também enfrenta uma segunda vaga de contaminação (3 a 4 mil novos casos por dia), o número mais elevado de mortes que registou foi 13 (dados até dia 6 de Novembro). Pior: nalgumas regiões do país, sobretudo no Norte, a taxa de contaminados por 100 mil habitantes é tão elevada que é difícil prever quando se conseguirá dominar a doença.

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Vou ser franco e directo: olhando para os números e ouvindo o que têm dito os especialistas, a minha sensação é que a situação está fora de controle, as medidas que têm vindo a ser tomadas pecam sempre por tardias, atabalhoadas, atamancadas mesmo, e que são incompletas, para além de que já estamos a cruzar linhas vermelhas, apesar de ninguém o assumir. Ou poucos o assumirem.
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