Enquanto dormia… |
… o Observador revelava o desconforto com o recrutamento de médicos no estrangeiro. Um salário de quase 3 mil euros proposto num anúncio a circular no Brasil e a possibilidade de aceder a “casas de função”, além de uma via verde para a certificação de competências, motivaram críticas em toda a linha — da Ordem dos Médicos à Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, passando ainda pelo Conselho de Escolas Médicas Portuguesas. Todos reconhecem a carência absoluta de médicos em Portugal, mas, como mostrou o Tiago Caeiro, todos contestam a solução que se está a desenhar no horizonte. O Ministério da Saúde, esse, continua em silêncio sobre o que pretende, efetivamente, fazer para resolver o problema. |
Começou na segunda-feira, mas esta quinta já estava resolvido. Foram cinco dias de dificuldades no sistema informático de um departamento central para o processo legislativo do governo, com o sobreaquecimento do centro de dados que levou a um ‘shutdown’ do servidor da Secretaria-Geral da Presidência do Conselho de Ministros (SGPCM), comprometendo “alguns sistemas”. Como escreveu a Rita Tavares, aquele ramo do Executivo desvalorizou o caso, dizendo que apenas ficaram comprometidas operações de “menor relevância operacional, como o sistema de arquivo ou o sistema de biblioteca”. Ao final desta quinta-feira, a situação terá ficado normalizada. |
Cinco dias depois de a Jornada Mundial da Juventude ter terminado, a Inês André Figueiredo desvendava outro mistério: André Ventura, o líder político que “fala de Deus mais vezes do que qualquer outro político português”, participou, afinal, no maior acontecimento da Igreja Católica em todo o mundo. Não como presidente do Chega, mas como crente. O gesto tem um significado político (e um custo também, claro). E a leitura dessa ausência está aqui. |
Ainda no contexto da Igreja, esta quinta-feira foi dia de anúncio importante: Rui Valério foi nomeado como novo patriarca de Lisboa, depois da renúncia do cardeal Manuel Clemente. Numa breve incursão ao percurso deste que foi o primeiro missionário monfortino português a tornar-se bispo, a Rita Cipriano descobriu que, se os militares portugueses que combatem num dos cenários mais dramáticos (e sangrentos) em que há forças nacionais envolvidas — a República Centro-Africano, no contexto de uma missão das Nações Unidas — podem contar com o apoio de um capelão no terreno, isso acontece por responsabilidade e intervenção de Rui Valério. Depois de uma visita às forças destacadas naquele país, o até agora bispo das Forças Armadas decidiu falar com as chefias militares para que incluíssem um membro do clero nestas missões. “Sentiu que era necessário cultivar e manter vivo o lado humano. É algo importante, de tal forma que pediu que aquelas missões passassem a ser acompanhadas por capelães”, conta o chefe de gabinete do atual Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, o major-general Rui Ferreira. |
O episódio “daqui não saio” de Sérgio Conceição continua a fazer rolar tinta. E análise. Depois de o treinador do FC Porto se ter recusado a acatar uma decisão do árbitro no clássico que opôs Porto e Benfica, expulsando Sérgio Conceição já nos instantes finais da partida, a Helena Matos volta a esse momento no Contra-Corrente desta sexta-feira para procurar respostas para uma questão central: Perdoa-se tudo ao futebol e aos seus protagonistas? O programa vai para o ar a partir das 10h10 e, para se juntar ao debate, basta ligar para o 910024185. E, no dia em que arranca o campeonato de futebol, com um Braga-Famalicão, o João Santos Duarte recebeu o áudio-árbitro da Rádio Observador, Pedro Henriques, para uma pré-época em tempo recorde em que falaram sobre tudo o que muda nas regras do jogo: do VAR à “tolerância zero” com os bancos, passando pela clarificação dos foras-de-jogo. Pode ouvir aqui. |
Só mais duas notas. A primeira, a Ana Sanlez contou-lhe já ontem de forma tão prosaica que nem vale nem a pena inventar: é em Moscovo que se centra o primeiro episódio do mais recente podcastplus do Observador. “Um Espião no Kremlin” conta como Vladimir Putin montou, ao longo dos anos, a ardilosa estratégia que lhe permitiu chegar ao poder no Kremlin e que terminou com a invasão da Ucrânia. A narração é de Marco Delgado e a banda sonora é da autoria de Martim Sousa Tavares e Manuel Palha. Na próxima terça-feira vai poder ouvir o segundo episódio. |
E, por fim, para algo completamente diferente, uma sugestão: a conversa do João Paulo Sacadura com o colunista, gestor e produtor cultural Henrique Costa Santos sobre o seu livro de auto-desajuda (é assim mesmo), um guia para nos rirmos desta desgraça comum que é estarmos vivos. |
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