Enquanto dormia… |
Dissecávamos a audição a Ramiro Sequeira em oito pontos. Coube ao ex-CEO interino da TAP e atual diretor geral de operações inaugurar a comissão de inquérito presidida por Lacerda Sales, após a demissão de Seguro Sanches — que deixou a comissão de inquérito com vários recados aos deputados, sublinhando que “agendas pessoais ou partidárias não se podem sobrepor ao interesse nacional”, que exige rapidez. Apesar do protagonismo roubado, o inquirido, que ativou o seguro corporativo da TAP para poder ter ajuda jurídica externa para a participação na comissão, disse que só soube da saída de Alexandra Reis após ela estar decidida. |
Quase em simultâneo, João Galamba desdramatizava outros abalos provocados por esta mesma comissão de inquérito. A cerca de cinco quilómetros de distância do Parlamento, numa conferência do setor das telecomunicações, o ministro das Infraestruturas falava pela primeira vez desde que o Presidente da República desaprovou publicamente a sua permanência no cargo. João Galamba diz ter “imensas condições” para continuar ministro e recusou comentar críticas de Marcelo. Mais esclarecimentos sobre este assunto ficaram prometidos para a CPI onde, garante, “darei explicações que faltam dar”. |
Novamente nas vizinhanças do Parlamento, no Largo do Rato, há quem só pense em despachar o inquérito parlamentar e avançar para a fase seguinte. Há cada vez mais vozes socialistas a defender que se aproveite o fecho desse capítulo para fazer uma remodelação governamental, que possa ainda reparar danos. E há quem alerte para “o risco enorme” de manter o ministro das infraestruturas, que muitos vêem como “imprevisível”. Mas também se questiona se António Costa terá ainda capacidade de refrescar o executivo. A grande repórter da secção de Política Rita Tavares explica tudo neste artigo e no podcast A História do Dia. |
Noutras latitudes, em New Hampshire, Donald Trump dizia-se “inclinado” a perdoar a “grande maioria” dos manifestantes da invasão do Capitólio. Na CNN, canal onde não aparecia desde 2016, Donald Trump insistiu que as eleições de 2020 foram “fraudulentas”, mas prometeu não fazer desse um tema para a campanha de 2024 — isto caso ganhe as primárias republicanas. |
Também nos Estados Unidos, mas a cinco mil quilómetros de distância, na Califórnia, a Google anunciava as novidades para o futuro, com a inteligência artificial a dominar todo o evento. E elas vão do primeiro smartphone dobrável (e o mais fino do mercado) a um tradutor capaz de dobrar vídeos e corrigir o movimento dos lábios, passando pelo alargamento do alcance do Bard (o rival do ChatGPT) e avanços no Google Maps, na edição de imagens e na escrita assistida no Docs. A empresa diz que quer tornar o recurso à inteligência artificial “ainda mais útil”, mas de forma responsável, assegurando que vêm aí mais ferramentas para combater a desinformação e garantir transparência. |
Onde quer que esteja, não perca o podcast Café Europa desta semana, que discute o que quer Bruxelas. A resposta passa pela Ucrânia dentro da União, Erdogan fora da presidência da Turquia, mais cooperação com o reino de Carlos III e mais competição com os EUA. Uma edição especial na Universidade Lusófona, como sempre com Henrique Burnay, Bruno Cardoso Reis, João Diogo Barbosa e Madalena Resende. |
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Boa quinta-feira. |