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VDC. Este é o lema da equipa multimedia do Observador, liderada pela Catarina Santos. São três letras escritas num quadro branco a marcador. Querem dizer “Vai Dar Certo”. A maioria das vezes o lema é usado na brincadeira, com vários significados. Noutras ganha poder de mantra, quando o trabalho se torna realmente complicado. Aconteceu nas últimas semanas, muito por culpa da forma como a secção de Lifestyle decidiu celebrar os 80 anos da mulher que revolucionou o mundo da moda em Portugal nos anos 80, e que fez esta segunda-feira precisamente 80 anos: Ana Salazar. | Numa revisão das efemérides deste 2021, logo no início do ano, o jornalista Mauro Gonçalves deu conta da data. Ficou o desafio de como a assinalar, feito à editora Maria Ramos Silva. Queriam um formato diferente, que perdurasse, que marcasse, como a própria criadora o fez com as suas lojas da Maçã. Pensaram num documentário. Há dois meses, o Mauro e a restante equipa técnica arrancaram com as entrevistas e a recolha de material. | De Paulo Gomes a Tó Romano, de Maria José Morgado (a magistrada que era conhecida por “aquela que veste Ana Salazar”) a Olga Roriz, escutaram diferentes pessoas: são 10 entrevistados, cerca de 8 a 9 horas de ‘brutos’ de entrevistas. Perderam dias na Hemeroteca, mergulharam nos arquivos e estiveram três vezes em casa da própria Ana Salazar: entre filmagens e edição foram mais ou menos 40 dias de trabalho. Mas rapidamente perceberam que as dezenas de horas de gravação (são mais de 700GB de arquivos) dariam para muito mais que um simples documentário: avançaram então para uma minissérie em três partes — A Revolução, o Estrondo, e a Máquina — a primeira das quais foi lançada esta quinta-feira (e é imperdível). | Claro que a equipa multimedia teve de repetir VDC muitas e muitas vezes durante estes meses. Aliás, logo a partir do primeiro momento em que o Mauro lhes começou a pintar (tem mesmo cores) o calendário com as entrevistas sucessivas que era preciso fazer. A 9 de junho surgiu a primeira de muitas manchas lilases (escolha aleatória, cada trabalho tem uma cor): duas da tarde, Eduarda Abbondanza, presidente da ModaLisboa. Depois de levarem todo o material, montarem o set, gravarem tudo e regressarem, foram descarregar os cartões de memória. E uma frase congelou-os: “Ficheiro corrompido”. Ainda estiveram horas a ler tutoriais sobre recuperação de áudios e a pedir dicas, mas a primeira entrevista, o arranque do trabalho ambicioso, tinha corrido mal. O gravador só apanhou 10 minutos e tiveram que repetir tudo! Mas VDC. | Foi de facto só uma falsa partida. Seguiram-se seis semanas muito coloridas no calendário. A todo o restante trabalho (entrevistas em exteriores a roxo, gravações no estúdio a amarelo e a magenta, recriações do hino nacional durante o Euro a cor-de-rosa, a emissão especial de aniversário da rádio Observador no Colombo a vermelho, diretos do Parlamento a cinzento, edições de explicadores em vídeo a laranja, férias e folgas a verde) somaram-se mais de 15 avisos lilases — todos para a minissérie. | Na entrevista ao Tó Romano, fundador da Central Models e ex-modelo, talvez repare que o Mauro parece ser mais protagonista que o entrevistado. A Maria Ramos Silva bem notou. Mas há explicação. A culpa foi de uma mosca que esteve presente a conversa inteira. Chegaram a parar a gravação e a abrir janelas para tentar correr com ela, mas nada resultou. Daí que os planos não sejam os melhores. Já a coreógrafa Olga Roriz, uma das clientes famosas de Ana Salazar, levou a entrevista a rigor e apareceu no Observador com um vestido antigo da criadora. | Na segunda semana de julho começou a edição. A Kimmy Simões desenhou a linha gráfica (fez e refez as animações quatro vezes, porque nunca gostava, e isso valeu-lhe uma semana de 12 a 18 horas de trabalho diário — mas valeram bem a pena Kimmy!), o Mauro acelerou a construção dos guiões e o Tiago Couto transformou o estúdio de vídeo num cenário de projeção de slides, que funcionou como base para as imagens de arquivo que aparecem no trabalho. | Numa corrida contra o tempo, sem baixar a fasquia da qualidade (como verá), o mantra funcionou. VDC. Não é que deu mesmo certo? | E que comecem os Jogos | A partir desta noite e até 8 de agosto haverá sempre alguém acordado e pronto para lhe contar o que se passa nos Jogos Olímpicos de Tóquio. O Bruno Roseiro, editor de Desporto do Observador e nosso enviado especial, depois da odisseia para chegar ao Japão (que o Miguel Pinheiro já contou aqui na semana passada) e das nove horas só para sair do aeroporto, está já sem jet lag, a postos para lhe trazer as mais variadas histórias das mais variadas modalidades. E ainda terá um podcast diário na Rádio Observador, o Missão Olímpica, que irá para o ar de segunda a sexta às 16h15 e aos sábados e domingos às 17h10. | A Mariana Fernandes, que vai mudar de horário, passará todas as madrugadas atenta, até porque é noite dentro que se concentram as nossas maiores hipóteses de medalhas. O Rui Salvador fará o mesmo ao longo do dia, para que nada escape, num liveblog diário, sempre em atualização, ao longo destes 17 dias de competição. Terá obviamente as notícias dos portugueses, dos heróis, dos atletas que se destaquem e dos medalhados. Aliás, venham medalhas. | Na rádio Observador, logo às 7h45, poderá ouvir o Vamos aos Jogos, com um resumo do que se passou na madrugada. Às 8h25, haverá um Código Postal Olímpico pelas terras de muitos dos nossos atletas. E às 9h30, no E o Campeão É, o debate não passará à margem do que irá acontecendo em Tóquio. Obviamente que os todos os noticiários e sínteses também serão marcados pelos Jogos. | E para que não lhe escape mesmo nada, todos os dias, por volta das 20h00, receberá a newsletter Diário dos Jogos, assinada pelo Pedro Rainho, que estará a coordenar toda esta operação com o Bruno Roseiro do outro lado do mundo (e do dia). |
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Coronavírus
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Dezenas de jovens foram vacinados numa espécie de happy hour a um domingo, no Altice Arena. Task Force nega que "centenas tenham faltado ao agendamento" ou que validade das vacinas fosse terminar.
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Coronavírus
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Link para migrantes sem número de utente pode ser preenchido por portugueses. Task force diz que inscrições são verificadas, mas não exclui erros. Jovem de 21 anos foi vacinada, contornando o sistema.
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Tóquio 2020
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A cerimónia de abertura dos Jogos teve três diretores em sete meses – e o último caiu na véspera. Foi diferente. Algumas coisas piores, a maioria diferente. E com pormenores que não passaram ao lado.
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Tóquio 2020
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Drones, o uso de madeira plantada noutros Jogos Olímpicos em terras nipónicas ou até uma banda sonora bem japonesa, composta por músicas de videojogos. Apresentamos os momentos mais interessantes.
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Atletismo, judo, ciclismo, taekwondo, canoagem e skate. Portugal pode ter em Tóquio a sua melhor participação de sempre em Jogos Olímpicos e tem um grupo de 10 favoritos para chegar ao pódio.
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Tóquio 2020
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Antes da pandemia, eram os Jogos da Recuperação. Em pandemia, serão os Jogos sem público e com perdas. Mas o pior cenário económico não seria o cancelamento — um surto de Covid-19 seria demolidor.
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Tóquio 2020
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Estes são os Jogos de Simone Biles, Caeleb Dressel e Noah Lyles mas há outros nomes que desafiam as probabilidades como vilões com capas de heróis entre a história de duas gémeas a lutar pelo ouro.
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Orçamento do Estado
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O PCP reuniu discretamente com o Governo na quarta-feira sobre OE2022, mas diz que só negoceia após autárquicas. BE volta à carga com leis laborais e Saúde, mas pouca fé. PEV e PAN sentam-se à mesa.
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Tribunal de Contas
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Apenas em julho de 2020 foi autorizada a aquisição dos meios digitais, que se revelaram "essenciais", e condicionada à aprovação de fundos comunitários. Mais de 60% só chegará no ano letivo 2021/22.
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Exploração Espacial
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Primeira viagem sem piloto e com tripulação civil — a bordo estavam o mais novo e a mais velha a chegarem ao espaço. Bezos chegou onde Branson não conseguiu e em dez minutos bateu vários recordes.
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Música
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"I told you I was trouble", cantava Amy Winehouse em "Back to Black", obra-prima de um génio inquieto. Dez anos após a morte, devemos ouvi-la e lembrar: foi muito mais do que um comboio desgovernado.
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Serralves
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Depois de Lisboa, Weiwei chega ao Porto e ergue em Serralves uma árvore em ferro, alertando para o desmatamento na Amazónia. Ao Observador, o artista fala das críticas e do desejo de voltar à China.
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Opinião
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No meio da girândola da propaganda que os faz rodar sem parar pelo país, estes PS que nos pastoreiam talvez pudessem notar que o Estado da Nação se aproxima perigosamente do “estado a que isto chegou”
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A "libertação", no melhor cenário, não é o fim do Covid: é o fim do custo imposto à sociedade pela incapacidade do Estado de enfrentar a pandemia a não ser através da quarentena.
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O debate do Estado da Nação fecha um dos piores anos desde 2015 de Costa. Somam-se os casos e as políticas controversas, amplia-se a captura do Estado. A esperança do Governo é o dinheiro de Bruxelas.
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Marcelo Rebelo de Sousa pode queixar-se de não ter oposição. Pode dizer que não tem poderes executivos. Mas tem o poder da palavra para escolher um de dois caminhos.
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Cuba volta a provar que o comunismo só leva à miséria e à ditadura. Bem podem ter médicos extraordinários que até esses passam fome com um sistema económico que vai contra a natureza humana.
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