Enquanto dormia… |
… Fazíamos uma viagem pela metamorfose política de J.D. Vance— que nos mostra, também, o processo de mudança no próprio Partido Republicano. De crítico público (e contundente) de Donald Trump (“Hitler da América”, um político “nocivo”, uma “droga” são apenas alguns exemplos), e que em 2016 se recusava a votar no então candidato à presidência dos Estados Unidos, Vance transformou-se, ao ponto de ter sido chamado para tentar destronar a dupla Biden/Harris ao lado de Trump. Uma escolha tática, a pensar nos chamados swing states norte-americanos, mas também a demonstração de que o Partido Republicano se tornou um veículo do slogan (e da filosofia) trumpesca do MAGA. Quem é, afinal, J.D. Vance? É o que tentamos perceber na edição História do Dia desta quarta-feira. |
Montenegro preparava-se para o seu primeiro debate sobre o Estado da Nação (começa já às 9h), sob uma tríade de sinais de que o momentum, para o Governo, pode estar a mudar: desde logo, com a luz verde do PS para que Pedro Nuno Santos se sente à mesa e negoceie o Orçamento do Estado (OE) para 2025; mas também as sondagens, que, ao mesmo tempo, dão ligeira vantagem ao PS e mostram bons indicadores de popularidade do primeiro-ministro; e ainda a pressão de Marcelo para que os dois principais partidos alcancem, com tempo, um terreno comum sobre o OE. Quase em resposta imediato a Marcelo, o Governo anunciou que as reuniões com os partidos começam já esta sexta. A crise política já aparece no retrovisor? O debate no Parlamento, que o Observador vai seguir em permanência, será um bom barómetro. |
Continuamos também a seguir de perto a intensa semana política em Estrasburgo, com a instalação do novo Parlamento Europeu em que, entre outros, se estreiam Marta Temido e Sebastião Bugalho, líderes das listas que PS e Aliança Democrática levaram a votos. Estiveram ambos sentados com os enviados especiais do Observador à cidade francesa para uma entrevista. Num horizonte mais imediato, Temido não vê alternativa à dissolução da Assembleia, caso o Orçamento do Estado não seja aprovado; de olhos postos num calendário lá mais à frente, Bugalho diz-se incapaz de pronunciar a frase: “Não quero ser primeiro-ministro.” |
E, numa entrevista à Rádio Observador, o ex-Procurador Geral da República Cunha Rodrigues denunciava o “caldo de cultura” que, diz, o poder político criou nas últimas décadas e que tem promovido um clima de confronto com a Justiça. “Judicializou-se praticamente toda a vida política”, considera Cunha Rodrigues, que também defende que se foi “longe demais” no controlo da atividade judicial por parte dos responsáveis políticos. |
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Boa quarta-feira. |