Enquanto dormia… |
… Analisávamos as motivações (e pressões) no Irão para o ataque de sábado contra Israel. Por um lado, como conta a Cátia Bruno, há a questão da imagem externa do país, que se quer manter como uma potência líder na região e tem vindo a ser fragilizada com os ataques a grupos como o Hamas e o Hezbollah. Depois, há uma pressão interna vinda de novas figuras da sociedade e política iranianas: os “super-revolucionários”. O tema continua a marcar a atualidade internacional e, além de seguirmos o conflito em Gaza ao minuto, o Contra-Corrente de hoje vai olhar precisamente para o ataque de sábado e as suas repercussões na região. |
Ainda sobre o conflito israelo-palestiniano, Pedro Sánchez tem investido esforços no plano diplomático para conseguir que vários líderes europeus — incluindo Luís Montenegro, que hoje estará em Madrid — reconheçam o Estado da Palestina. Mas quais as reais consequências desse passo: é um mero “gesto simbólico” ou será essa a derradeira solução para o conflito na região? É o que explica o José Carlos Duarte num artigo em que olha para os países mais recetivos a esse reconhecimento e também os dois gigantes europeus onde o líder espanhol encontrará maiores dificuldades para a sua missão. |
No plano político interno, as declarações do Governo sobre a descida do IRS até ao 8º escalão — que deverá ser aprovada na reunião de Conselho de Ministros desta semana — continuam a gerar reações. Ontem, Luís Marques Mendes disse que o caso provoca um “dano de reputação” e fere a “credibilidade” do Executivo. Em causa está a formulação usada pelo primeiro-ministro no debate do Programa do Governo (o “alívio fiscal” de 1.500 milhões de euros), e que levou muitos a pensar que a redução fiscal seria feita em cima das alterações já introduzidas pelo governo de António Costa. Não será. A Beatriz Ferreira foi olhar mais em detalhe para os números desta polémica. |
E o Observador publicou já esta manhã uma entrevista de Pedro Passos Coelho a Maria João Avillez, para o podcast “Eu Estive Lá”. A conversa — em que já participaram nomes como Marcelo Rebelo de Sousa, Cavaco Silva e Artur Santos Silva — acabou por passar, também, por uma análise do atual primeiro-ministro ao atual governo e, sobretudo, ao atual primeiro-ministro. Para Passos, a estratégia de Montenegro passa por “desligar-se” da herança passista e do seu passado como líder parlamentar do PSD no período da troika. “Ele faz parte dessa herança e desse legado. Em que medida é que ele se quer desconectar mais desse seu próprio passado também ou não, não sei. A mim, parece-me que foi muito evidente durante os últimos tempos que houve essa preocupação de tentar desligar” a sua imagem daquele período, diz o antigo primeiro-ministro. |
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Boa segunda-feira. |