|
“Filomena, seria prudente pensar em adiar para a próxima semana?” |
A mensagem chegou ao grupo de whatsapp da direção editorial do Observador à 16h38 de domingo passado. O Ricardo Conceição, subdiretor, perguntava à Filomena Martins, diretora-adjunta e especialista em meteorologia, se devíamos temer pela emissão especial que a nossa rádio faria três dias depois a partir de Santarém. Estava a chegar a tempestade “Oscar”, que traria muita chuva, sobretudo na quarta-feira seguinte, dia 7 de junho. E esse era o problema: precisamente na quarta-feira, a Rádio Observador ia fazer parte da emissão em direto da Feira Nacional da Agricultura de Santarém, para assinalar a nossa chegada ao Oeste e ao Ribatejo, em 92.6fm. |
A Filomena começou por lembrar ao Ricardo que, mesmo sabendo ler os mapas meteorológicos, ainda não é “o Zandinga”, mas lá foi dizendo que, se calhar, talvez não fosse má ideia. O artigo que tinha acabado de publicar era claro: “Oscar: vem aí uma tempestade rara para esta altura do ano. E pode trazer um ‘rio atmosférico’ na quarta-feira” |
Nos dois dias seguintes fizemos aquilo que, provavelmente, todos fazemos quando vemos previsões de chuva em dias em que precisamos mesmo que esteja sol: repetimos mil vezes que “eles lá do tempo também se enganam”, entramos numa espécie de negação, mas lá vamos pensado num plano B. |
A emissão especial em Santarém devia acontecer ao ar livre, em plena feira; acabou por acontecer num espaço coberto, que rapidamente a organização nos encontrou. Foi dali que fizemos o “Contra-Corrente“, o “E o Campeão É” e a “Tarde em Direto“, além de termos gravado também o “Conversas à Quinta” desta semana. Como gostamos destes momentos em que levamos a Rádio para fora do estúdio, estava tudo a correr muito bem até o Ricardo Conceição, que tinha acabado de pegar na emissão mesmo em cima das 19h, começar a ver o Nuno Serra Fernandes, o nosso coordenador técnico, a esbracejar. Como não percebeu o que estava a acontecer, seguiu em frente até entrar o sinal horário e, aí sim, ouviu o Nuno gritar: “Temos de passar para Lisboa agora! Há uma ficha a pegar fogo”. |
O Ricardo só teve tempo de dizer “são 19 horas em Portugal Continental e Madeira, menos uma nos Açores” e, puff!, ficámos sem energia e com um ligeiro cheiro a queimado na sala. Durante o jornal das 19h, feito em Lisboa pelo Miguel Viterbo Dias e pela Filipa Duarte, que estavam de prevenção para estas eventualidades, mudámos o cabo da eletricidade e voltámos a ligar a máquina. |
Ainda bem: deu tempo para termos os Dama a cantar à capela, vermos o Eduardo Madeira a tirar selfies com fãs e o sucesso do Júlio Magalhães e do Manuel Serrão na zona dos petiscos, além do major-general Isidro Morais Pereira, que esteve no Gabinete de Guerra e foi muito saudado pela visitantes da feira. |
É possível que neste vídeo, que junta alguns dos melhores momentos, apareça a Bonita — a vaca que entrou duas vezes na emissão. Percebemos isso quando, à tarde, a Rita Camarneiro estava a entrevistar um dos criadores de gado presentes na feira e ele lhe disse qualquer coisa como “olhe que eu já falei com um colega seu, um de bigodinho”. O “colega do bigodinho” era o André Maia, que, sim, horas antes já tinha estado a falar com a mesma pessoa ao pé da Bonita. |
Tudo isto só correu assim com o esforço de uma equipa enorme e talentosa (que também pode ver no vídeo), com pessoas da rádio e do multimédia com quem é um privilégio trabalhar. E valeu a pena. Na próxima terça, dia 13, voltamos a sair do estúdio para fazer as “Manhãs 360º” e o “Contra-Corrente” em direto da Praça da Fruta, nas Caldas da Rainha, das 7h às 12h. Se também chover, a culpa é nossa: nós é que dizemos que fazemos a Rádio Observador aconteça o que acontecer. |
|
Talvez lhe tenha escapado
|
|
Guerra na Ucrânia
|
|
Depois de meses de especulação e falsos alarmes, a contraofensiva ucraniana arrancou. Assim avança o Instituto para o Estudo da Guerra, numa altura em que os combates aquecem em Zaporíjia.
|
|
|
|
Sequestro
|
|
Tornou-se piloto graças a um anúncio. Durante mais de 30 anos na TAP, José Guedes viu nascer bebés, socorreu vítimas de enfarte, transportou campeões — e foi sequestrado pelo "piratinha do ar".
|
|
|
|
TAP
|
|
PSD quer que MP verifique se Galamba incumpriu a lei e já agiu nesse sentido. Especialistas alertam que quem mente numa CPI pode incorrer nos crimes de falso depoimento ou desobediência qualificada.
|
|
|
|
Governo
|
|
Secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro confirmou o telefonema de Galamba de forma textual ao mesmo tempo que desmentiu o seu conteúdo de forma velada ao longo da audição.
|
|
|
|
|
Governo
|
|
Partido vê ministro isolado e desmentido, sem condições para continuar. Jogada de Costa foi de alto risco, mas não se esperava que situação de Galamba se complicasse tão rápido.
|
|
|
|
PS
|
|
No regresso ao parlamento cinco meses após a demissão, Pedro Nuno Santos conduziu a audição a seu favor e manteve a "disciplina" nos temas que abordou, e nos que evitou. A posição está marcada.
|
|
|
|
|
TAP
|
|
Christine Widener foi o único membro do conselho da TAP a não sofrer corte de 30%. Salário negociado com Estado foi validado por comissão de vencimentos porque era inferior ao pago a Antonoaldo Neves.
|
|
|
|
EFACEC
|
|
António Costa Silva pediu "compreensão" por não poder revelar tudo o que está a ser negociado para a venda da Efacec aos alemães da Mutares. Acabou por revelar pouco, porque há barreiras para passar.
|
|
|
|
Certificados de Aforro
|
|
Nova série de certificados de aforro rende menos do que a anterior. Compare as rendibilidades das duas e saiba quanto pode ganhar. Governo quer bancos a vender mas estes não se comprometem.
|
|
|
|
|
Serviço Nacional de Saúde
|
|
Em média, a maioria das especialidades excede o tempo máximo de espera para uma primeira consulta de especialidade — 120 dias. Em causa está a escassez e a distribuição assimétrica de especialistas.
|
|
|
|
Meteorologia
|
|
Foi para Física porque não o aceitaram em Matemática e cumpriu no IPMA o sonho de "organizar a geofísica em Portugal". As reflexões, as críticas e as histórias das várias vidas de Miguel Miranda.
|
|
|
|
Futebol
|
|
Nuno Tavares visitou o Colégio Nuno Álvares onde aprendeu a tocar violoncelo e piano. "Quis escolher o futebol", diz quem o conheceu em criança e via tanto talento para a música como para o desporto.
|
|
|
|
|
Papa Francisco
|
|
Nos anos 1970 teve problemas de ansiedade, sofre de pé chato e fez acupuntura para a ciática. Uma hérnia, resultado de uma operação anterior, foi o que levou Francisco de novo à mesa de operações.
|
|
|
|
Estados Unidos da América
|
|
Numa corrida que já conta com 10 candidatos, Trump lidera sondagens, seguido a uma distância significativa de DeSantis. Muito atrás surge Pence. Afinal, quem beneficia de uma corrida tão concorrida?
|
|
|
|
Apple
|
|
O momento “só mais uma coisa” mais ambicioso da liderança de Tim Cook até agora foi feito com os Vision Pro. Há quase uma década que a Apple não se estreava numa área de negócio.
|
|
|
|
|
Séries
|
|
Joana e Mireia Vilapuig dão um twist em “Selftape”, série de seis episódios que se estreia esta terça-feira no Filmin. E se, de repente, a fama não se concretiza e o trabalho também não aparece?
|
|
|
Opinião
|
|
|
Queremos emprestar dinheiro a juros elevados a quem pagamos impostos. Esta é a maravilha das ilusões criadas pelo mundo financeiro.
|
|
|
|
Quando os líderes de uma democracia se portam e falam como ditadores, como fez Carlos César, estão a desvalorizar a democracia e a comprometer a sua própria legitimidade política.
|
|
|
|
Cada um destes nomes e cada um a seu modo ampliam os limites da criação nesse misterioso “lá”, onde habita o instinto, a imaginação, o fulgor da mente, a inspiração. E por vezes o génio.
|
|
|
|
Por mais que a turbulência actual sugira descontrolo, Costa domina a situação política. O governo durar até 2026 permanece mais provável do que muitos julgam, e só não acontecerá se Costa não quiser.
|
|
|
|
Um ministro chamar o SIS para intimidar alguém seria grave se Portugal tivesse um Governo. Não é o acaso. Não temos Governo. Estamos nas mão duma comissão de finalistas. De ciclo político, obviamente.
|
|
|
|
|