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Se costuma acompanhar os nossos Podcast Plus — e as histórias de bastidores de cada um deles que vamos contando —, já deve saber, por esta altura, que a equipa que habitualmente produz estas séries para ouvir em vários episódios gosta de ter uma espécie de amuleto para cada nova história. Até agora, já tivemos de tudo: |
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Faria sentido que o amuleto para o novo podcast narrativo do Observador, Matar o Papa, tivesse sido comprado em Bruxelas. Não porque a história tenha acontecido lá, mas porque foi para lá que o João Francisco Gomes, o Diogo Ventura e o Bernardo Almeida tiveram de viajar para entrevistar o protagonista: Juan Fernández Krohn, o padre obcecado pelo comunismo que tentou matar João Paulo II em Fátima, em 1982. |
A viagem aconteceu em janeiro e jornalista, fotojornalista e sonoplasta do Observador foram apanhados por uma tempestade de neve, que deixou a cidade num caos, com comboios e autocarros parados. Como Krohn está a viver numa casa de acolhimento e não tinha espaço para os receber, marcaram a entrevista para o hotel onde ficaram hospedados. Quando lá chegaram, foram salvos pela rececionista: Zita, uma portuguesa, claro, que lhes arranjou logo uma sala para conversarem. |
Foram, no total, duas horas durante as quais o, agora, ex-padre contou a sua versão do que aconteceu. Ainda que, no capítulo das entrevistas, talvez a de João Queiroz e Melo tenha sido a que mais surpreendeu. Para além de ter sido o médico responsável pela saúde de João Paulo II durante a visita de 1982, e de ser um dos pioneiros da transplantação cardíaca em Portugal, Queiroz e Melo é filho de uma das testemunhas do Milagre do Sol, de outubro de 1917, que ajudou a transformar Fátima num local de culto e peregrinação. |
Nessa conversa, contou a descrição que cresceu a ouvir a mãe fazer daquele momento, e isso está no podcast. O que não está é outra história, que se contava na família, e que terá tido como protagonistas Celeste da Câmara e Vasconcelos, filha dos barões de Alvaiázere e uma das fundadoras dos Servitas, e a Irmã Lúcia, uma das três crianças que ficaram conhecidas como “os pastorinhos”: |
“A Lúcia esteve escondida em casa dela. Um dia, ao jantar, a Celeste Alvaiázere diz-lhe: ‘Ó Lúcia, eu tenho um segredo para te contar, vamos fazer aqui um contrato as duas: eu conto-te o meu segredo e tu contas-me o teu’ — queria que ela lhe contasse o Segredo de Fátima. E a Lúcia respondeu-lhe: ‘Fique vossemecê muito bem, porque eu fico com o meu segredo e você com o seu!'” |
O segredo que Lúcia guardava acabaria por ser revelado muito mais tarde, pelo próprio João Paulo II, que, assim que o leu, viu-se refletido na mensagem. E também foi uma das razões que levaram o padre Krohn ao Santuário no dia em que tentou matar o Papa. |
Nesse dia, João Paulo II tinha trazido para Fátima uma medalha especial: tinha, de um lado, a data do atentado que sofreu um ano antes, em Roma, quando foi baleado por Ali Agca; e, do outro, a data daquela visita, em maio de 1982. O amuleto do podcast Matar o Papa não foi comprado em Bruxelas, mas é uma réplica dessa medalha — ainda que, com uma história imperdível como esta, quase não seja preciso sorte. |
Matar o Papa é uma série para ouvir em seis episódios da autoria de João Francisco Gomes e Bernardo Almeida, com edição de Tânia Pereirinha e João Santos Duarte e design gráfico de Miguel Feraso Cabral. A narração é de Pedro Laginha e a banda sonora original é de Rodrigo Leão. Tem, ainda, a participação especial de Adriano Luz, na voz portuguesa de Juan Fernández Krohn. |
Um novo episódio está disponível a cada terça-feira, no Observador e em todas as plataformas de podcast. Como é nosso assinante, não tem de esperar uma semana para ouvir cada capítulo — tem acesso antecipado a toda a história aqui. |
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