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“Graças a Deus que agora é assim. Graças a Deus… Fico muito feliz, apesar de estar triste com o resultado, fico muito feliz porque agora em Portugal um empate com a Espanha ser só um resultado interessante. Claro que não é um bom resultado para nós mas ainda bem para nós, para este grupo de trabalho, que levou a que as pessoas acreditassem que podemos fazer mais”. No final da partida em Sevilha que acabou com um resultado catalogado como “nem bom, nem mau para as duas equipas”, Fernando Santos voltou a colocar o enfoque na mudança de paradigma em relação à Seleção no que toca à perceção que existe nos jogos com equipas da primeira linha mundial. Mas então, foi um bom ou um mau resultado? |
Olhando para aquilo que se passou ao longo dos 90 minutos, foi um bom resultado. Foi bom porque a Espanha mostrou-se melhor na maioria do tempo, foi bom porque até às alterações Portugal revelou-se demasiado permeável no corredor central, foi bom porque mesmo depois do golo de Ricardo Horta os visitados poderiam ter chegado de novo à vantagem, foi bom porque permitiu manter o histórico recente sem derrotas no duelo ibérico. Mas, olhando para aquilo que se passou ao longo dos 90 minutos, foi um resultado onde nem tudo foi bom. Não foi bom porque Portugal tem demasiada capacidade individual para render o que rendeu no plano coletivo, não foi bom porque Portugal apresenta qualidade para ter mais de 40% de posse, não foi bom porque alguns elementos que fazem a diferença nos seus clubes não conseguem depois ter o mesmo rendimento na Seleção (e não foi apenas Rafael Leão, num dia “não”). |
Pesando os dois pratos da balança, e tendo presente também que Portugal teve de passar pelo playoff no caminho até ao Mundial do Qatar (ao contrário de Espanha ou Suíça), o que fica é um início bom dentro do contexto que serve também para fazer correções para os jogos que se avizinham em Alvalade, com Suíça (domingo, 19h45) e Rep. Checa (quinta-feira, 19h45), marcados por mais alterações no onze perante a densidade competitiva anormal no final de uma temporada como a presente e tendo em conta que a próxima época vai ter início mais cedo pelo Campeonato do Mundo, em novembro e dezembro. |
E se a ausência de Ronaldo do onze foi uma das surpresas frente à Espanha (algo que deverá mudar n0s próximos jogos), Ricardo Horta continua a ser um dos nomes mais em foco da Seleção – e não só pelo golo que valeu o empate. O Benfica fez uma proposta oficial de dez milhões de euros pelo jogador de 27 anos, o Sp. Braga recusou e as negociações não mais andaram para a frente mas a novela ganhou vários capítulos (também com o Málaga à mistura) que promete não fazer de uma possível saída um ato “fácil”. |
Nos outros encontros internacionais, a semana ficou marcada por dois resultados expressivos mas com dimensões distintas: a Ucrânia ganhou à Escócia em Glasgow no primeiro encontro oficial realizado desde novembro (e que foi celebrado por soldados em abrigos no meio da guerra) e vai agora discutir no País de Gales uma vaga no próximo Mundial (domingo, 17h), ao passo que a Argentina bateu a Itália em Wembley por 3-0 e garantiu a conquista da primeira edição da Finalíssima entre o campeão europeu e o campeão sul-americano, prova que tivera antes dois encontros ainda como Troféu Artemio Franchi. |
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Antes, o Real Madrid sagrou-se campeão europeu pela 14.ª vez, o dobro do AC Milan, segundo clube com mais títulos. Courtois fez uma exibição monstruosa a travar várias oportunidades sobretudo de Salah, Vinícius Júnior marcou o único golo da final, Benzema ficou ainda mais perto de uma Bola de Ouro que parece inevitável para quase todos mas o foco das atenções acabou por ser um senhor do futebol com um currículo que muitas vezes parece passar ao lado dos principais holofotes: após tornar-se o primeiro treinador de sempre a ganhar as cinco principais ligas (AC Milan, Chelsea, PSG, Bayern e Real Madrid), Carlo Ancelotti passou a ser o único com quatro Champions conquistadas como técnico. “Sou um homem de sorte”, comentou após o jogo em Paris marcado pelos incidentes no exterior que motivaram o longo atraso no início. Mas todo o seu percurso e história de vida mostram que é bem mais do que isso… |
Por cá, entre as habituais mexidas e rumores do mercado, o Desp. Chaves garantiu um lugar na próxima edição da Primeira Liga ao vencer o Moreirense no conjunto dos dois jogos do playoff (e com a polémica à margem que levou Sá Pinto e a GNR a avançarem com queixas-crime e participações) mas o tema da semana acabou por ser a guerra de palavras entre Pinto da Costa e Frederico Varandas, que levou a que o presidente do FC Porto e a SAD azul e branca avançassem com uma nova queixa contra o líder do Sporting (há um processo a decorrer e que vai a julgamento). E esta luta relativamente recente tem tudo para não terminar por aqui, depois do que aconteceu durante e depois do clássico no Dragão para a Liga. |
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Não é em todos os torneios que se vê o jogo cabeça de cartaz começar à noite já com luz artificial e acabar depois da 1h da manhã (quem foi de metro teve de recorrer a outro meio de regresso porque a paragem mais perto estava fechada). Ainda menos, e olhando de forma literal para o que aconteceu, durar mais de quatro horas a começar em maio e a acabar em junho. No entanto, nem essas mudanças impediram Rafa Nadal de “corrigir” a derrotas nas meias do ano passado frente a Novak Djokovic e assegurar pela 15.ª vez uma presença nas meias de Roland Garros defrontando Alexander Zverev, que afastara o miúdo revelação Carlitos Alcaraz em quatro sets. No entanto, a imagem do pé esquerdo de Nadal que saiu na Marca ajuda a explicar o porquê de ser um trajeto a chegar ao fim. Com o sérvio, foi o 59.º jogo. Haverá 60.º? |
Ninguém consegue responder à pergunta. Nem o próprio, que não sabe sequer se poderá ainda recuperar para jogar em Wimbledon. No entanto, e no dia em que cumpria 35 anos, o espanhol qualificou-se para a 14.ª final de Roland Garros ao ver Zverev lesionar-se no pé direito quando o encontro estava a ser a batalha mais complicada para Nadal, sendo forçado a abandonar após três horas que tinham apenas chegado para disputar menos de dois sets… Na outra meia-final, duas surpresas: Casper Ruud, que há duas semanas derrotou João Sousa na final do Open de Genebra, vai defrontar Marin Cilic. No quadro feminino, Iga Swiatek, que está apenas a uma vitória de igualar a maior série de sempre de vitórias consecutivas este século (35), vai tentar defender o título frente à americana Coco Gauff (sábado, 14h). |
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O MotoGP volta ter fins de semana seguidos de competição mas com uma grande diferença em relação a Miguel Oliveira e o seu futuro: no Grande Prémio de Itália, saindo da 15.ª posição, ainda foi a tempo de recuperar seis lugares e voltar ao top 10 em Mugello; agora, no Grande Prémio da Catalunha (domingo, 13h) que conseguiu vencer em 2021, parte de novo com os lugares cimeiros na cabeça mas sabendo que no final da temporada vai deixar a KTM, com quem teve uma ligação de anos. Resumo: a equipa austríaca assinou com Jack Miller, propôs ao português um regresso à Tech3, o piloto de Almada só admitia ficar se fosse na equipa de fábrica e agora o futuro poderá passar ou pela LCR, equipa satélite da Honda, ou pela Yamaha VR46 Master Camp Team, caso suba do Moto2 depois do acordo da RNF com a Aprilia. |
Este fim de semana volta também a Fórmula E, ainda com António Félix da Costa em busca do primeiro pódio da temporada no Jacarta ePrix numa altura em que ocupa a décima posição do Mundial (sábado, 9h). Antes, na Fórmula 1, Sergio Pérez venceu o Grande Prémio do Mónaco (e festejou com uns excessos à mistura) e Leclerc voltou a falhar o pódio depois da pole position pelos erros de estratégia da Ferrari. |
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O Benfica alcançou um feito inédito no andebol nacional e que foi uma autêntica prova de superação pelo jogo e pelo adversário: numa Altice Arena com milhares de adeptos para receber a organização da Final Four da Liga Europeia, os encarnados começaram por golear os polacos do Wisla Plock e tiveram uma das melhores exibições dos últimos anos diante dos alemães do Magdeburgo (que está na frente da Liga), campeões em título que foram surpreendidos com uma jogada rápida de três segundos concluída por Alexis Borges que levou tudo para prolongamento antes da vitória do Benfica por 40-39. O técnico Chema Rodríguez destacou o “milagre atrás de milagre” até à conquista inédita do clube e também de Portugal. |
Antes, o FC Porto confirmou aquilo que era um título anunciado, goleando na Maia o Águas Santas para o tricampeonato nacional com apenas uma derrota na prova nas últimas quatro épocas (em 2019/20 a temporada não chegou ao final pela pandemia). Os azuis e brancos fizeram uma festa que parecia escrita no destino: o adversário foi o mesmo do título de 2021, Quintana fez naquele pavilhão o seu último jogo e Pedro Cruz reencontrou a antiga equipa para conquistar o primeiro título nacional já com 37 anos. |
Agora, as atenções nas modalidades de pavilhão centram-se noutros palcos: no basquetebol, começa a final da Liga com o Benfica a receber o FC Porto no Pavilhão da Luz no sábado (15h) e na segunda-feira (19h) antes do jogo 3 já no. Dragão na quinta-feira (18h); no hóquei em patins, há Benfica-Sporting e Óquei de Barcelos-FC Porto este sábado (20h30 e 21h30) e o jogo 3 das meias-finais está marcado para terça-feira, no Dragão e no João Rocha (ambos às 20h); no futsal, prosseguem também os quartos da Liga com Sporting-Futsal Azeméis (sábado, 19h30), Benfica-Leões de Porto Salvo (esta sexta-feira, 21h), Elétrico-Sp. Braga/AAUM (esta sexta-feira, 19h) e Fundão-Quinta dos Lombos (sábado, 21h30). |
Última nota para a final da NBA, que teve na última madrugada o jogo 1 entre Golden State Warriors e Boston Celtics. De um lado está uma das equipas com mais história na Liga, que não ia às decisões há mais de uma década e que pode voltar a superar o número de títulos dos LA Lakers; do outro está um conjunto que chega à final pela sexta vez em oito anos, algo que só aquelas dinastias Jordan (Bulls), Magic (Lakers) e Russell (Celtics) conseguiram. O jogo 2 realiza-se em São Francisco na madrugada de domingo para segunda-feira (1h), ao passo que o jogo 3, em Boston, será de quarta para quinta-feira (2h). |
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Eu, a TV e um comando
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O jogo em palavras
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Pódio
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Após goleada com Wisla Plock, encarnados tinham uma última barreira que era o campeão em título, levaram jogo para prolongamento no último segundo e bateram germânicos de forma épica (40-39).
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2
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No primeiro encontro na Maia, onde guarda-redes realizou último jogo, FC Porto goleou visitados em dia de homenagem a Pedro Cruz e conquistou pela terceira vez o Campeonato com jogo de gala (34-18).
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3
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Leoas ganharam Supertaça, ficaram em segundo na Liga e fecharam época com terceira Taça de Portugal nos últimos cinco anos, vencendo Famalicão no Jamor numa final com quase 14.000 espectadores (2-1).
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O perfil
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Liga dos Campeões
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Produziu muito queijo parmesão, fez história como jogador, é o único campeão nos top 5. A isso, encolhe os ombros e franze a sobrancelha marcada pelo acidente de Vespa. Mas quem é este treinador cool?
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Terceiro tempo
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