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Enquanto dormia… |
… um terramoto político nos Açores baralhou as contas à esquerda e à direita para formar governo. O PS ganhou com 39,1% dos votos — o pior resultado desde 1996 — e, sem maioria, precisa de apoio parlamentar. Mas o Bloco de Esquerda manteve os mesmos dois deputados e o PCP desapareceu, fazendo com que a soma seja insuficiente. À direita há maioria, mas obriga a uma coligação que, além de PSD, CDS e PPM, tem de juntar também o Chega e a Iniciativa Liberal (que elegeram deputados pela primeira vez). Entre estas contas é fácil perceber quem foram os vencedores e vencidos da noite, mas pode ser mais difícil chegar a uma solução — até porque quase todos cantaram vitória. |
No continente, as últimas horas de domingo deixaram garantida a aprovação do Orçamento do Estado para 2021. Depois de o PAN ter anunciado que vai abster-se, o Observador apurou que o voto que ficava a faltar ao Governo — contando também com a já anunciada abstenção do PCP — vai ser assegurado pela deputada Joacine Katar Moreira. E isto apesar de o Bloco de Esquerda ter anunciado que, pela primeira vez, vai mesmo votar contra um orçamento de um Governo de António Costa. De nada valeu a pressão até ao último minuto do PS que, agora, prepara-se para uma guerra aberta. |
O fim de semana voltou a ser de números preocupantes da Covid-19 em Portugal: o país registou o número mais alto de internamentos pelo quarto dia consecutivo e a terceira maior subida em 24 horas, com mais 119 pessoas internadas. E foi também um fim de semana de polémicas por causa do não cumprimento das regras definidas pela DGS — ou pelos excessos que as regras acabam por permitir —, como na Fórmula 1, em Portimão, ou numa festa num clube de luxo em Lisboa que terá provocado dezenas de infetados, merecendo a crítica do presidente da Câmara de Cascais. |
E enquanto, por cá, centenas de pessoas protestaram contra o uso obrigatório de máscaras, por toda a Europa há notícia do endurecimento das medidas de restrição. Em Espanha, o governo quer que o estado de emergência se mantenha até maio (em França será até fevereiro); em Itália, teatros e cinemas foram encerrados e os bares e restaurantes passaram a fechar às 18h; e na Bélgica, o recolher obrigatório foi antecipado. A semana arranca com a descoberta de um novo surto na China. |
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