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Maria João Avillez e Marcelo Rebelo de Sousa conhecem-se há bastante tempo. A jornalista entrou para o Expresso em 74, onde Marcelo já estava há um ano, tornando-se depois subdiretor e diretor do semanário. Nessa altura em que trabalharam juntos, conta, houve uma “cumplicidade a toda a hora”. Desde então continuaram a ver-se e a falar, mesmo quando o seu ex-colega jornalista mudou para a política, foi comentador e, agora, chegou a Presidente. |
Apesar desta antiga ligação, Maria João Avillez não ligou diretamente a Marcelo para o convidar para ser o primeiro entrevistado da sua série de 16 podcast “Eu estive lá” que são emitidos todas as segundas-feiras na Rádio Observador, às 13h10. Pediu ao seu melhor amigo, que por coincidência é também o melhor amigo do Presidente, para fazer o contacto. “Uma espécie de lebre”, em linguagem de atletismo, ou de “S. João Baptista”, em termos mais católicos, como a própria lhe chama, com bom humor. Achou que seria o mais correto. O que importava era o resultado. E esse foi garantido: a aceitação foi imediata. |
A entrevista foi gravada a um sábado à tarde de sol. E Marcelo chegou às instalações do Observador, em Alvalade, com todo o tempo do mundo. Esteve ainda à conversa (sobre vários temas, dos de política aos do dia ao dia) à porta, antes de entrar. Depois, então, sentou-se frente a frente com a Maria João para aquilo a que vinha: contar a sua experiência, vivida, como farão todos os outros protagonistas do novo programa da jornalista, que depois se tornará também no seu novo livro. |
Assim, na última segunda-feira, dia 15, quando estávamos precisamente a 102 dias de comemorar os 50 anos do 25 de Abril, foi emitido o primeiro “Eu estive lá” com Marcelo Rebelo de Sousa, que inaugurava o conjunto de 16 entrevistas que Maria João Avillez vai fazer a figuras notáveis da democracia portuguesa sobre este período histórico. O filho de ministro, jornalista e diretor de semanário, deputado da Assembleia Constituinte, líder de um partido político, comentador televisivo, professor universitário e Presidente da República (entre outras tantas outras coisas) falou sempre no seu ritmo acelerado, revelou surpresas, mostrou discordâncias, sobre este longo período da sua intervenção cívica no país. |
E, como Marcelo é Marcelo, não foi nada que o cansasse. Mal saiu do Observador aproveitou ainda o final do dia para ir fazer umas compras, sozinho, a uma grande superfície comercial. |
Marcelo Rebelo de Sousa não foi o único que quis contar a Maria João Avillez o que viu e viveu naqueles tempos que levaram até ao 25 de Abril de 74 e que se passou no país nestes 50 anos depois da revolução. Dos cinco que já gravaram, todos perceberam a importância de falar da sua história, de como sentiram aqueles dias e os que seguiram. |
O próximo convidado é Jaime Gama. Há uma diferença abissal de registos. Passamos da velocidade de Marcelo, mais rápido que o próprio som quando fala, ao tom pausado e ar mais circunspecto do ex-ministro dos Negócios Estrangeiros e ex-presidente da Assembleia da República, que gosta de parar entre palavras. Mas as vivências de ambos são únicas e valem mesmo a pena ser ouvidas. O novo “Eu estive lá” vai para o ar esta segunda-feira, dia 22, também (e sempre) às 13h10. |
Entre os restantes entrevistados, cada um a falar sobre um tema destes 50 anos históricos, estarão Cavaco Silva, Pedro Passos Coelho, Paulo Portas, Fernando Medina, Artur Santos Silva, José Miguel Júdice, Rui Ramos, Helena Matos, Leonor Beleza, Pedro Ferraz da Costa, o general Tomé Pinto, António Barreto ou António Vitorino. |
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Uma nova série chega esta sexta-feira à Disney+ com convite para ver desfiles, entrar num atelier de Alta Costura e na mente de um génio. A moda é protagonista e a figurinista explica porquê.
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Opinião
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O destino do Estado, enquanto proprietário ou financiador directo da comunicação social, é destruir “o quarto poder”.
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A Comunicação Social portuguesa continua à deriva e a situação ainda se agravou mais nestes quatro últimos anos, mas mesmo assim só há razões para o Estado não intervir na Global Media.
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A TAP acusou a ex-CEO de crimes, apontou conflitos de interesse e alertou para ausência de contrato válido. Mais uma prova que, à volta de Pedro Nuno Santos, reina a informalidade irresponsável.
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Nunca o jornalismo fez tanta falta e nunca esteve tão ameaçado, num tempo em que a informação falsa é um dos maiores riscos a curto prazo.
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A direita, que continua a combater a caricatura e não “o” homem, não percebe que não deve subestimar o líder do PS. Reduzi-lo ao tipo que conduziu um Maserati e à história (grave) da TAP é um erro.
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