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Enquanto dormia… |
… nos Estados Unidos, separados por barreiras acrílicas, Kamala Harris e Mike Pence protagonizaram um debate cordial, sem gritos nem insultos, mas também sem respostas. Se a democrata fugiu à pergunta sobre o Supremo Tribunal, o republicano nada disse sobre a saúde do Presidente, como conta o jornalista João de Almeida Dias que esteve acordado para acompanhar em direto, no nosso liveblog, a troca de argumentos entre os dois candidatos a vice-presidente. Kamala Harris foi categórica ao dizer que nunca tomará a vacina se for recomendada por Trump, enquanto Mike Pence pedia que não se descurasse o esforço para se conseguir uma vacina. Mas afinal, quem ganhou o debate? A mosca. |
Entretanto, o Presidente dos EUA disse ontem que o tratamento experimental que recebeu era uma “bênção de Deus”, melhor do que uma vacina e prometeu acesso gratuito ao cocktail de anticorpos a todos os norte-americanos. |
Por cá, o novo presidente do Tribunal de Contas tomou posse mas a polémica em torno da sua escolha continuou a marcar a atualidade: José Tavares foi inquirido em 2019 no processo das PPP. O Ministério Público interrogou-o sobre a sua participação na solução que prejudicou o Estado em cerca de 3,5 mil milhões de euros, explica Luís Rosa, redator principal do Observador. Na cerimónia em que assumiu formalmente o lugar, o Presidente da República sentiu-se obrigado a explicar “a escolha intencional” e “transparente” de José Tavares que não lhe mereceu um “segundo de dúvida”. O tema esteve também presente, como não poderia deixar de ser, no debate na Assembleia da República, onde António Costa respondeu a todos com um novo mantra, como escrevem a Rita Dinis e a Rita Tavares: a substituição do presidente do Tribunal de Contas, nesta altura, tem a ver com a necessidade de renovação dos mandatos na área da Justiça. |
Rui Rio fez parte da solução para o Tribunal de Contas e conseguiu escapar ao assunto na Assembleia da República onde o primeiro-ministro esteve mais de três horas a responder aos deputados e a tentar continuar o namoro com a esquerda, mais propriamente com o PCP, glosando Jorge Palma: “Enquanto houver estrada para andar…” António Costa não perde a esperança de chegar a acordo para o Orçamento de Estado. No primeiro dos debates que substituem os quinzenais, confirmou ainda a intenção de rever o dossiê das freguesias e entregou aos partidos a decisão sobre aumentar ou não o número em vésperas de eleições autárquicas. |
O dia foi também de duas outras duas estreias: a do regresso do público ao estádio de Alvalade para o jogo particular entre Portugal e Espanha. Foram 2500 adeptos assistir a “duas traves, cinco defesas, zero golos” escreve Mariana Fernandes na crónica da partida. E a de Rúben Semedo (o nome de que tanto ouvimos falar no verão) na seleção em que ontem esteve no papel principal. No duelo esteve Cristiano Ronaldo a atirar à barra, no dia em que se assinalavam 18 anos do seu primeiro golo e ficou a saber que pode ser castigado por ter furado a bolha da Juventus. Os dois países defrontaram-se no campo mas o mesmo estádio serviu-lhes de cenário para assinarem um protocolo para uma candidatura conjunta à organização do Campeonato do Mundo de 2030. |
Nesta newsletter tem ainda as principais notícias de que precisa para começar esta quinta-feira — em que se vai conhecer o Nobel da Literatura, será este ano que Murakami quebra o feitiço? — bem informado. E já sabe que no nosso site e na Rádio Observador encontra sempre todas as notícias atualizadas. Tenha um bom dia. |