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“Pensem numa coisa: por quem é que vocês querem ganhar? Pelos nossos filhos, pelas famílias, pelos amigos, pelo Sporting, pelos adeptos, por vocês mesmos. Onde vai um, vão todos. Hoje é para ir todos juntos. Porque nós todos precisamos de ti, precisamos de ti, precisamos de ti. Todos juntos porque a resposta é simples: é sim ou não! |
– Querem ser lembrados como heróis?
– Sim!
– Como heróis?
– Sim!
– Vamos ser heróis?
– Sim!
– Vamos todos juntos! Um, dois, três…
– Sporting, Sporting, Sporting! |
Os 31 segundos de discurso de João Matos, capitão da equipa de futsal do Sporting, antes da final da Champions frente ao Barcelona tornaram-se num ápice virais. Entre adeptos do clube, entre adeptos de outros clubes. Após terem ganho ao campeão russo e ao campeão espanhol, os leões tinham pela frente o campeão europeu e um dos conjuntos com mais títulos e maior experiência na modalidade. Ao intervalo, a desvantagem por 2-0 acabava por ser quase um desfecho natural perante o contexto do encontro; depois, em cerca de dez minutos, tudo mudou. E a reviravolta foi assinada por três jogadores formados em Alvalade, do mais novo (Zicky) ao mais velho (João Matos). No epílogo da quarta final em cinco anos, o Sporting sagrou-se campeão europeu pela segunda vez. |
O sucesso e as vitórias das modalidades verde e brancas foram vistas algumas vezes (demasiadas vezes mas de forma errática) como uma “almofada” para as desilusões do futebol. Esta época, como se percebe, não é o caso. Viu-se pela forma como todos conseguem colocar futsal, treinador e jogadores como um exemplo paradigmático do que é o ADN Sporting. Viu-se pela maneira como o título foi festejado, em Alvalade e nos Paços de Concelho. Viu-se pelo eco que a reviravolta teve também na imprensa desportiva estrangeira (sobretudo espanhola). A formação leonina reforçou o estatuto de terceiro clube europeu com mais conquistas internacionais em sete modalidades diferentes, sendo que 40% desses 38 troféus foram ganhos apenas nos últimos cinco anos. |
Numa altura em que o futebol está a uma vitória (ou a dois pontos) de quebrar o maior jejum de sempre sem ganhar o Campeonato, o futsal sagrou-se campeão europeu depois de já ter ganho a Taça da Liga e vai agora ter uma disputa intensa pelo Campeonato numa época onde os condicionalismos orçamentais, adensados também pela pandemia, levaram a uma maior aposta na prata da casa. Ao mesmo tempo, o basquetebol encontra-se nas meias-finais do Campeonato depois de ter ganho duas Taças em seis meses; o hóquei em patins qualificou-se para as meias-finais do Campeonato e vai discutir na próxima semana o título europeu (estando ainda na Taça); o andebol tem um encontro decisivo contra o FC Porto no Campeonato e joga em junho a Final Four da Taça; o voleibol conquistou a Taça. Porque gasta mais do que os outros? Não. Porque tem condições diferentes? Não. Porque esse foi e é o seu ADN. E porque tem capitães como João Matos, que não dá tanto nas vistas pelo que joga mas que há vários anos é um exemplo pelos valores inalienáveis que carrega para ficar mais perto da vitória. |
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Naquele que seria uma espécie de último teste, o Sporting passou com distinção em Vila do Conde e talvez com uma das exibições mais sólidas como visitante na segunda volta: após o triunfo em Alvalade frente ao Nacional, que acabou com Rúben Amorim a colocar como grande vitória a transformação das manifestações que eram do contra e agora são a favor, os leões ganharam ao Rio Ave com golos de Pedro Gonçalves e Paulinho, carimbaram a maior série de jogos consecutivos sem derrotas de sempre num só Campeonato e beneficiaram do empate no clássico para ficarem ainda mais próximos de um título que parece inevitável (e que já soltou a festa nas ruas), já com Rúben Amorim no banco, numa outra novela com castigo, explicação do castigo e suspensão do castigo. |
O FC Porto tinha ganho ao Famalicão no Dragão em mais um encontro em que o adjunto Vítor Bruno venceu na condição de número 1 depois da rejeição do recurso do castigo de Sérgio Conceição e o Benfica passara também em Tondela com Everton Cebolinha a regressar aos melhores tempos. No primeiro clássico em 5G que acabou por ter o VAR como protagonista, que teve Uribe como MVP, ambos perderam: já com o técnico principal no banco depois da suspensão da sanção de 21 dias, os dragões, para quem “ficar em segundo ou terceiro lugar não é importante porque querem sempre o primeiro”, ficaram a oito pontos da liderança, ao passo que as águias, que deixaram muitas críticas ao trabalho de Artur Soares Dias (pode ver aqui os casos do jogo), complicaram a luta pela entrada direta na Champions. No final, sobraram despiques nas redes sociais e números pouco clássicos. |
Assim, e olhando apenas para esta semana, existem dois cenários para o Sporting ser já campeão: se o FC Porto não ganhar na receção ao Farense (segunda-feira, 20h15) e se os leões vencerem em Alvalade o Boavista (terça-feira, 20h30), sendo que antes o Benfica defronta na Madeira o Nacional (18h). Quem fez a primeira festa foi o Estoril, que aproveitou a derrota da Académica diante do Arouca para celebrar o regresso ao principal escalão, podendo agora ganhar o título. Vizela, Arouca, Feirense, Académica e Desp. Chaves discutem a outra vaga direta. |
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O fantasma de Unai Emery levantou-se, voltou a ensombrar Londres e evitou um cenário que poderia acontecer pela segunda vez em três anos: ter quatro equipas inglesas nas duas finais das competições europeias. Na Liga dos Campeões, o Manchester City de Rúben Dias, João Cancelo e Bernardo Silva cumpriu, derrotando mais uma vez o PSG de Danilo Pereira com dois golos de Mahrez, e vai pela primeira vez disputar o encontro decisivo da competição após várias tentativas falhadas frente ao Chelsea, que voltou a ser superior ao Real Madrid com dois golos de Timo Werner e Mason Mount que poderiam ter sido uma goleada. Na Liga Europa, e num jogo atípico mas que voltou a contar com o melhor Bruno Fernandes (e Cavani), o Manchester United perdeu em Roma mas passou à final, onde irá defrontar o Villarreal após o nulo dos espanhóis frente ao Arsenal na segunda mão. |
De provas europeias estamos conversados, com as finais marcadas para os dias 26 (Liga Europa) e 29 (Liga dos Campeões) de maio. Agora é tempo das decisões nacionais e o fim de semana pode resolver alguns campeonatos já depois da vitória do Inter na Serie A mais de uma década depois e do 35.º do Ajax nos Países Baixos. |
Na Premier League, o Manchester City está a uma vitória de se sagrar campeão, tendo pela frente este sábado o Chelsea no Etihad Stadium numa espécie de antecâmara da final da Champions (17h30). Se não acontecer, pode festejar em caso de empate ou derrota do Manchester United com Aston Villa (domingo, 14h05), Leicester (terça-feira, 18h) ou Liverpool (quinta-feira, 20h15). Isto tudo porque, após o triunfo dos citizens com o Crystal Palace, os protestos de milhares de adeptos dos red devils foram demasiado longe em Old Trafford, os pedidos de saída da família Glazer aumentaram de tom e o clássico com o Liverpool acabou por ser suspenso. Na Bundesliga, o Bayern tem dois cenários possíveis para festejar aquele que pode ser o nono título seguido este sábado: esperar que o RB Leipzig não ganhe fora ao B. Dortmund (14h30) ou vencer na receção ao B. Mönchengladbach (17h30). |
Na Liga espanhola não haverá campeão mas as próximas duas jornadas terão um papel determinante para as contas do título numa altura em que o Atl. Madrid lidera com mais dois pontos do que Real e Barcelona (76-74). Após a vitória com bis de Messi em Valência, os catalães recebem os colchoneros em Camp Nou (15h15), ao passo que os merengues, eliminados da Champions, jogam com o Sevilha no domingo (20h). A seguir há Levante-Barcelona (terça-feira, 21h), Atl. Madrid-Real Sociedad (quarta-feira, 21h) e Granada-Real (quinta-feira, 21h). |
Na Serie A, as atenções centram-se na luta pelos lugares de acesso à Liga dos Campeões, onde está à Juventus graças ao bis de Ronaldo frente à Udinese com os mesmos 69 pontos de Atalanta e AC Milan, mais dois do que o Nápoles e mais cinco do que a Lazio (que tem um jogo a menos). As próximas rondas terão os seguintes jogos: no sábado, Spezia-Nápoles (14h) e Fiorentina-Lazio (19h45); no domingo, Parma-Atalanta (14h) e Juventus-AC Milan (19h45); na terça-feira, Nápoles-Udinese (19h45); na quarta-feira, Atalanta-Benevento (19h45), AC Milan-Torino (19h45), Lazio-Parma (19h45) e Sassuolo-Juventus (19h45). A Roma, essa, está de forma irremediável afastada destas contas. Mas nem por isso deixou de ser notícia: no mesmo dia em que foi confirmada a saída de Paulo Fonseca no final da temporada, o clube apresentou como sucessor outro português… José Mourinho. |
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A Volta a Itália em bicicleta arranca este sábado com um contrarrelógio de 8,6 quilómetros em Torino que terá João Almeida logo a abrir como candidato a um lugar no top 10. Depois do histórico quarto lugar de 2020, numa prova que liderou duas semanas até à passagem pelo Stelvio, o português apresenta-se de novo como líder de um conjunto da Deceuninck-Quick Step reforçado e com outros argumentos (a começar por Remco Evenepoel) mas não se considera favorito ao triunfo final, apontando de forma mais conservadora para um lugar entre os dez primeiros colocando como principais figuras Egan Bernal (Ineos) e Simon Yates (Team BikeExchange). |
Também para acompanhar este fim de semana e nos próximos dias, vários pontos de destaque noutras tantas modalidades: Espanha recebe o quarto Grande Prémio de Fórmula 1 de 2021 no circuito de Barcelona (domingo, 14h); a Fórmula E tem a sétima prova do Mundial no ePrix Mónaco (sábado, 14h30); a Liga de andebol tem um clássico determinante para a atribuição do título no Dragão entre FC Porto e Sporting (sábado, 18h); a Liga de basquetebol prossegue com as meias-finais entre Sporting e Benfica (jogo 2 no sábado, 18h30; jogo 3 na quinta-feira, 19h) e entre FC Porto e Imortal (jogo 1 esta sexta-feira, 19h; jogo 2 no domingo, 15h); e o Campeonato de hóquei em patins tem o início das meias-finais este sábado, com FC Porto-Benfica (12h) e Sporting-Barcelos (15h). |
Da semana que passou, destaque para Lewis Hamilton, que ganhou o Grande Prémio de Portugal em Fórmula 1; para Miguel Oliveira, que fez em Espanha o melhor resultado da temporada apesar de não ter conseguido ainda entrar no top 10; para a Seleção de andebol, que ficou a conhecer os adversários na fase final do Campeonato da Europa de 2022 e que serão Islândia, Hungria e Países Baixos; para Albert Ramos Viñolas, que acabou com uma semana quase perfeita de Cameron Norrie vencendo a final do Estoril Open; para as dez medalhas que a Seleção Nacional conseguiu nos Europeus de trampolins, com Diogo Ganchinho e Lucas Santos a ganharem a prata na estreia como par; e para a vitória de Filipe Albuquerque no arranque do Mundial de Resistência de 2021 com as 6 Horas de Spa-Francorchamps, que teve também Félix da Costa no pódio com o segundo lugar. |
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Eu, a TV e um comando
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O jogo em palavras
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Pódio
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1
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Sporting saiu a perder ao intervalo, nunca desistiu, começou recuperação com os mais novos (Tomás Paçó e Zicky), passou para a frente por João Matos e venceu Barcelona na final da Champions (4-3).
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2
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Os portugueses Diogo Ganchinho e Lucas Santos, que se estrearam enquanto par, concluíram o concurso atrás dos bielorrussos Uladzislau Hancharou e Aleh Rabtsau, que conquistaram o ouro.
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3
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Hamilton saiu em segundo, baixou a terceiro após uma entrada em pista do safety car mas recuperou liderança para nova vitória no Grande Prémio de Portugal e aumentou vantagem no Mundial.
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O especial
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Futebol
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Dois dias para decidir os finalistas da mais importante competição europeia de clubes de futebol. Mas nos bastidores, sobrevive a vontade de uma minoria de mudar o desporto com milhões de apaixonados?
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Terceiro tempo
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