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Enquanto dormia… |
… morreu John le Carré, um dos mais importantes autores de romances de espionagem. O escritor britânico, que tinha 89 anos, morreu de pneumonia, sem relação com a Covid-19. De “O espião que saiu do frio” a “A casa da Rússia”, recorde aqui cinco títulos essenciais do autor e os filmes a que deram origem. Ou então releia este capítulo especial das suas memórias, onde o ex-espião conta como foi conhecer Yasser Arafat, entre festas de rua, segurança (muito) apertada e uma passagem de ano. |
O que se passa na Suécia, o país com a abordagem mais polémica no combate à pandemia? O Observador publica esta semana uma série de seis reportagens, feitas pelos enviados especiais Tânia Pereirinha e Diogo Ventura. A estratégia, que uns consideram um milagre e outros um desastre; os hospitais, agora com maiores dificuldades; o impacto na economia e os erros que o explicam; o dia a dia de um infetado, com testes em casa e nenhuma punição se violar as regras; o escândalo nos lares de idosos; e Anders Tegnell, o epidemiologista que recebe flores e ameaças de morte. Já está publicado o primeiro especial: “Sem máscaras nem lockdown, os suecos começam a ter restrições mais duras. Mas Estocolmo à sexta à noite ainda é uma festa”. Abre com um vídeo de 15 segundos, com imagens incríveis em tempo de pandemia: pode ver aqui. |
O que se passa no combate à pandemia em Portugal? Ontem atingiu-se o recorde de mortes diário desde o início da pandemia, com 98 óbitos. Duas destas vítimas tinham menos de 40 anos. Carlos Antunes, investigador da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa que tem feito previsões matemáticas sobre a evolução do coronavírus usadas pelos epidemiologistas, não encontra uma razão plausível para este aumento de mortes. Diz que não é um pico, mas sim uma tendência, o que é ainda mais preocupante. “Há qualquer coisa que nos está a escapar”, admite. E recomenda um aperto das restrições para o Natal. |
E o que se passa com as polícias, e que levou ontem à noite o ministro da Administração Interna a dar um ralhete público ao diretor nacional da PSP? |
- Magina da Silva foi recebido pelo Presidente da República para fazer o balanço de um ano de pandemia e à saída anunciou que defende a extinção do SEF e da PSP para darem lugar à criação de uma Polícia Nacional. Dirigiu-se mesmo aos profissionais do SEF, garantindo que iriam ser “bem tratados”.
- Eduardo Cabrita não gostou do que ouviu e reagiu logo a seguir: estas matérias, “obviamente, com todo o respeito, não são anunciadas por diretores de Polícia”.
- O o diretor da PSP emitiu um comunicado, para assegurar que apenas transmitiu a sua “visão pessoal” e “não pretendeu, obviamente, condicionar qualquer reestruturação em curso do sistema de segurança interna”.
- A “visão” defendida por Magina da Silva não está a ser ponderada pelo Governo. Ao que o Observador apurou, a reforma do SEF poderá vir a implicar a passagem para a Polícia Judiciária das competências criminais relacionadas com as redes de imigração ilegal. Já o controlo das fronteiras terrestres passará para a GNR, como conta o Luís Rosa.
- Nestas seis perguntas e respostas, a Sónia Simões explica tudo o que está em causa nesta desarticulação do SEF.
- “Eduardo Cabrita não tem condições para continuar no cargo. O ridículo mata”, comentou Marques Mendes na SIC.
- “Magina da Silva devia ter sido demitido antes mesmo de chegar ao carro que estava estacionado no Palácio de Belém. Mas a responsabilidade de tudo isto é do primeiro-ministro, que permitiu que a situação apodrecesse”, comentou o Miguel Pinheiro na Rádio Observador.
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O agente da PSP António Doce morreu este fim-de-semana em Évora depois de ter sido arrastado mais de 40 metros num atropelamento provocado por um guarda prisional. O polícia, que estava de folga, tentou intervir quando o guarda arrastava a mulher na rua, obrigando-a a entrar no carro. O guarda foi posteriormente detido em Sintra, ainda na companhia da namorada que teria agredido. O Presidente da República emitiu uma nota em que considerou o agente António Doce “um exemplo nacional de alguém que, mesmo não estando em serviço, deu a vida pelo próximo”. |
Nesta newsletter encontra ainda as outras notícias mais importantes para começar esta segunda-feira chuvosa. Ao longo do dia, vamos atualizar a informação em permanência na Rádio Observador, que pode desde já ouvir aqui e no nosso site. Boa semana. Até já. |