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Enquanto dormia… |
… passava mais um dia sem que o Governo anunciasse qual vai ser a solução para o voto das pessoas em isolamento no dia 3o. O ministério da Administração Interna adiou para hoje a conferência de imprensa para comunicar a decisão que pode envolver mais 400 mil eleitores, segundo as previsões dos especialistas (já que o pico da pandemia só deve acontecer no final desta semana e ontem foram atingidos novos máximos). A conferência esteve marcada para ontem ao fim da tarde, com a ministra Francisca Van Dunem e a diretora-geral da Saúde Graça Freitas, mas acabou por não acontecer por não haver ainda parecer da Procuradoria-Geral da República, apesar de o conselho consultivo já ter deliberado sobre o assunto. |
O voto das pessoas em isolamento, a TAP (com a troca de palavras entre David Neelman e António Costa), os impostos e a saúde foram alguns dos temas do terceiro dia da campanha dos partidos, como pode ler nas reportagens dos jornalistas do Observador que estão na estrada: |
- Costa não tirou a gravata de primeiro-ministro e o “Diabo” voltou na Madeira e o PRR também.
- Rui Rio apanhou essa boleia da TAP, castigou no Novo Banco e recuperou Sócrates.
- Catarina Martins esteve no bairro da Jamaica a ouvir o avô Coxi atacar Ventura e disparou: “Maior derrota do Chega é Bloco em terceiro lugar”.
- Um João, dois Joões, a campanha do PCP foi marcada por imprevistos devido aos contágios pela Covid 19, mas foi também uma aula prática para a futura liderança do partido; aliás, na lista de candidatos comunistas há poucas mexidas, mas há pistas relevantes nos não elegíveis e a curiosidade de todos se terem cruzado na jota.
- Rodrigues dos Santos acabou a criticar um evento da Universidade de Coimbra sobre relações não-monogâmicas: “Uma afronta a todos os portugueses”.
- Inês Sousa Real viu-se obrigada a pronunciar em Setúbal um nome que não queria, o de Cristina Rodrigues, a dissidente do PAN.
- Cotrim Figueiredo esteve numa bomba de gasolina para atestar a “sonsice” do PS e propor (muito) menos impostos sobre os combustíveis.
- André Ventura disse que o debate entre todos foi um “virar de página” para a direita e que o Bloco está a “perder terreno para PS e Chega”.
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O debate dos partidos sem representação parlamentar foi dominado pelo negacinonismo. Desde um Capitólio que chegou a ficar sem Luz quando se falava de energia, em direto na RTP, os 11 líderes dos partidos mais pequenos falaram de fraude, tiveram alguns momentos cómicos e pouco tempo para troca de argumentos políticos. O ADN foi o maior exemplo do que se passou: o seu presidente, Bruno Fialho, falou por vídeo porque o partido recusa fazer testes, é também contra máscaras e certificados, e tem ligações a vários movimentos negacionistas. |
O Contra-Corrente de hoje será sobre um desses temas quentes da campanha, o fim das PPP na saúde. Pode juntar-se ao José Manuel Fernandes e à Helena Matos e participar na conversa, inscrevendo-se pelo número de telemóvel 910024185. |
Nesta newsletter encontra as notícias essenciais para começar esta quarta-feira bem informado. E já sabe que, ao longo do dia, continuaremos a ter toda a informação sempre atualizada no nosso site e na Rádio Observador. E se quiser saber com que partido mais se identifica, tem o nosso Votómetro: 600 mil já experimentaram. |