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Enquanto dormia… |
… Trump preparava-se para passar a sua última noite na Casa Branca. Depois de um longo e turbulento processo, o republicano deixa o poder para o democrata Joe Biden que mais logo tomará finalmente posse como o 46º Presidente dos Estados Unidos. Ainda faltam algumas horas, a cerimónia começa pelas nossas 16h00 (11h00 em Washington) mas Donald Trump já terá partido para Mar-a-Lago, a sua residência na Flórida, duas horas e meia antes. |
- Ontem, no seu discurso de despedida conseguiu não pronunciar o nome do sucessor, embora tenha desejado boa sorte à nova administração e destacado os principais feitos do seu governo como a vacina e as ausência de guerras. E deixou uma promessa-aviso: o movimento que começou em 2016 com a sua eleição “ainda está só no início”. Agora terá de continuar sem uma arma que lhe foi muito útil, a do Twitter, de onde continua suspenso, o que, para Thierry Breton, comissário europeu do Mercado Interno, foi o “11 de Setembro das redes sociais” e nunca aconteceria na Europa.
- Ainda antes de se retirar o Presidente cessante assinou mais de 140 perdões e comutações de pena, ilibando Bannon mas sem contemplar alguém da sua família.
- Mais logo, o grande momento de glória de Biden será ensombrado pela pandemia e pelo receio de um ataque interno pelo que as ruas estarão desertas, fortemente vigiadas por 25 mil militares. Ontem o novo Presidente dos EUA e Kamala Harris homenagearam as vítimas da Covid-19 no Lincoln Memorial como se vê nesta fotogaleria.
- O que espera Joe Biden? Uma Casa Branca desinfetada e remodelada sim, mas o que importa é o seu longo caderno de encargos políticos onde as relações exteriores pontuam. Já prometeu que a “América está de volta”: o que fará ele com o novo “Eixo do Mal”, Rússia, China, Irão (e não só)?” Um deles, o Irão, saudou o fim da era do “tirano” Trump e já fez saber que lhe vai impor sanções simbólicas, só não disse quais.
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Se ao conhecer o número das mortes diárias da Covid-19 adivinhava uma contabilidade trágica, não se enganou: nunca morreram tantas pessoas como nas últimas duas semanas. A jornalista Ana Kotowicz esteve a analisar os dados da mortalidade e concluiu que janeiro pode mesmo vir a ser o mês com mais óbitos desde 1980. O mês destaca-se, até hoje, por outra razão: tem a taxa de positivos mais alta de sempre como se pode ver nestes gráficos e texto da jornalista Vera Novais. Por outro lado, Portugal continua no pódio dos países com mais novos casos por um milhão de habitantes, em segundo lugar, abaixo de Israel. Ontem o país passou pela primeira vez a fasquia dos 200 mortos diários, foram 218, o que dá uma média terrível de nove mortes a cada hora que passa. Não admira, pois, que a ministra da Saúde tenha feito um apelo no debate no Parlamento a todos os partidos — “Por favor, ajudem-nos todos!” — e Costa tenha admitido a possibilidade de vir a fechar escolas. Hoje entraram em vigor as novas medidas, mais estritas, do confinamento. A jornalista Ana Suspiro diz-lhe aqui o que está aberto, o que se pode comprar nos centros comerciais e o que deixa de se vender ao postigo. |
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Bom dia, ainda que chuvoso (desta vez por culpa da depressão Gaetan) |